‘Economia dos bots’ cresce mais rapidamente que dos apps

Por Julie Verhage.

Abram alas, aplicativos, chegou a vez dos bots brilharem.

Uma nova nota do Citigroup ressalta que a economia dos bots (robôs virtuais) está crescendo muito mais rapidamente do que cresceu a economia dos aplicativos em seus primórdios. Segundo o analista Mark May, as lojas de aplicativos móveis, sozinhas, geram cerca de US$ 40 bilhões em reservas por ano, sem levar em conta outras receitas, por exemplo com marketing e publicidade. Uma nova oportunidade está surgindo, contudo, à medida que os bots se tornam cada vez mais presentes em muitas dessas plataformas.

May comparou a taxa de crescimento da loja de aplicativos da Apple e a da plataforma de bots para o Messenger, do Facebook. Do terceiro ao sexto mês de funcionamento, ambas tiveram aumentos substanciais, mas os bots superaram significativamente os aplicativos na taxa de crescimento.

Ele analisou também o número de desenvolvedores que trabalha nesse campo. No sexto mês, os bots já tinham quase três vezes mais desenvolvedores ativos do que os aplicativos no 14º mês.

“Movimentos de atores como o Facebook para comercializar cada vez mais sua plataforma Messenger e o recente anúncio da Apple de que lançará uma loja de aplicativos e bots especificamente para o iMessenger com o lançamento do iOS10 indicam uma possível mudança de impulso no cenário móvel, da Economia do App para a Economia dos Bots”, escreve May. Ele acrescenta que “existe um potencial significativo de que os bots se tornem uma tecnologia do dia a dia”, de forma semelhante aos onipresentes aplicativos, que estão em todos os celulares.

May aponta três empresas merecem atenção. Facebook, Apple e Alphabet se beneficiaram da ascensão dos aplicativos e agora estão na vanguarda dessa mudança. A empresa para a qual ele vê benefícios mais claros é o Facebook, que expressou diversas vezes ter o compromisso de transformar os bots em uma parte maior de sua plataforma e está “em boa posição para aproveitar o crescimento potencial da ‘Economia dos Bots’”.

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