Por Gerson Freitas Jr.
Você está procurando uma proteção contra o colapso do real? As ações da Suzano podem ser uma boa aposta, uma vez que a desvalorização da moeda deve impulsionar os lucros da gigante da celulose.
A Suzano subiu 25 por cento em dólar desde que um movimento de desvalorização do real começou a ganhar força no início de abril, em meio a uma visão cada vez mais pessimista da economia. Este é o melhor desempenho entre as empresas do índice Ibovespa, que perdeu 27 por cento, também em dólar. A fabricante de celulose, que em março chegou a um acordo para comprar a Fibria e formar gigante mundial da matéria-prima usada na produção de papel, subiu 11 por cento só nesta semana, para R$ 49,45.
A queda do real beneficia a Suzano porque a maior parte de sua celulose é exportada e as remessas são precificadas em dólar. No início desta semana, o Itaú BBA elevou seu preço-alvo para a Suzano em 27 por cento, para R$ 57, uma vez que os preços globais da celulose continuam fortes. O Bradesco BBI e o BTG Pactual haviam feito o mesmo semanas antes. Cada de 0,10 de queda do real em relação ao dólar representa uma adição de cerca de R$ 600 milhões ao resultado operacional de Suzano e Fibria combinadas, segundo o Itaú.
“Vemos a ação como um hedge para o atual cenário macro volátil no Brasil”, afirmou o analista do Itaú BBA, Marcos Assumpção, em uma nota aos clientes.
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