Por Nathan Crooks.
A recuperação dos preços do petróleo da Venezuela está dando aos traders a esperança de que o país andino possa evitar um calote em 2017.
A probabilidade implícita de não pagamento nos próximos 12 meses caiu de 44 por cento no fim de janeiro para 38 por cento em fevereiro, segundo dados de swaps de crédito compilados pela Bloomberg. Esse é o menor risco percebido de calote a curto prazo desde abril de 2015. A perspectiva a longo prazo ainda é um pouco obscura e as chances de que haja um evento de crédito nos próximos cinco anos é de 87 por cento.
O país precisa pagar US$ 310 milhões sobre juros de títulos e pagamentos de principal em março. Esse número sobe para quase US$ 3 bilhões em abril.
Indicadores da Venezuela
* Títulos em dólares terminaram praticamente estáveis no mês passado;
* Preço da cesta de petróleo da gigante PDVSA atingiu maior alta em 19 meses em fevereiro;
* Reservas internacionais da Venezuela atingiram US$ 10,4 bilhões em 23 de fevereiro, menor patamar em 15 anos, cerca de US$ 209 milhões a menos que no fim de janeiro;
* A taxa de câmbio oficial mais fraca, usada basicamente para importações consideradas não essenciais, caiu 1,4 por cento em fevereiro e terminou o mês em 699 bolívares por dólar. No mercado negro, a moeda norte-americana custa seis vezes mais.
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