Por Arjun Bowry e Jonathan Tyce.
Bancos latino-americanos negociaram em linha com o índice MSCI América Latina este ano, já que ambos caíram mais de 25 por cento até agora. A queda nos preços das ações reflete o crescimento dos empréstimos mais lento em toda a região com o preço menor petróleo e outras commodities pesando sobre o crescimento econômico.
Uma média de 17 por cento de depreciação das seis moedas da América Latina mais negociadas contra o dólar este ano também tem levantado preocupações sobre a qualidade dos ativos. Fitch observou que mais de 60 por cento da dívida corporativa da América Latina é denominada em dólares.
O indice Preço/Lucro ponderado esperado para o próximo ano dos bancos latino americanos caiu para 8,5X em novembro ante 10,1x no início do ano. Esse indicador chegou a 8,1x em agosto, o menor valor desde 2009. O múltiplo Preço/Lucro ponderado se refere a estimativa para os 12 meses seguintes, diferente do indicador Preço/Lucro para 2016 que se refere a estimativa para o ano fechado de 2016.
Isso reflete a queda nos preços das ações, como as estimativas de EPS mantiveram-se mais resilientes. A ação de grande capitalização de bancos médio na América Latina está previsto por consenso para atingir um ROE de 16 por cento em 2016, estável em relação 2015, ainda que estimativas médias de crescimento do PIB tenham sido cortadas por 172 pontos base ao longo dos últimos 12 meses. Imparidades mais elevadas representam a principal ameaça para as estimativas de EPS em 2016.
Os bancos em toda a América Latina estão reavaliando critérios de empréstimo e solvabilidade das empresas conforme as moedas perdem força, a inflação acelera e o PIB mantém uma perspectiva minguante para 2016. É provável que o abastecimento se mantenha em foco para o próximo ano, principalmente no Brasil e Peru, onde a inadimplência aumentou em uma média de 8 pontos percentuais a mais do que o crescimento dos empréstimos.
Remarcação de empréstimo também pode ser um tema importante, como o aumento da concorrência do crédito comercial chileno e o aumento dos custos de financiamento em margens da pressão na Colômbia.