Por Ignacio Olivera Doll e Paula Sambo.
Bradesco vê a Argentina como o mercado mais atraente na região e pode ampliar sua presença no curto prazo para atender às empresas brasileiras instaladas naquele país, disse Octavio de Lazari Júnior, presidente do Bradesco, em entrevista.
Bradesco é hoje o segundo maior banco em valor de mercado no país, mas representa 0,2% dos bancos estrangeiros que operam na Argentina, segundo o último ranking da Asociación de Bancos de Argentina (ABA). Sua presença nesse país se limita a uma filial com 18 pessoas no bairro de Puerto Madero.
“Estamos estudando e conversando com autoridades da Argentina porque pensamos no futuro em um investimento um pouco maior no país”, disse Lazari Júnior, que visitou Buenos Aires para fazer palestra em seminário. “Argentina é o mercado mais atraente da região para se investir”, disse.
Bradesco vê hoje muitas semelhanças e oportunidades de negócios entre as empresas brasileiras instaladas no país. A empresa quer crescer como banco comercial no mercado argentino, sem aquisições ou parcerias com outras instituições. “É muito cedo para se falar em valores, mas vemos muitas oportunidades em um ano”, disse Lazari.
O executivo acredita que as dificuldades por que passam hoje os mercados emergentes respondem a um movimento normal “de curtíssimo prazo”, atribuído à fuga de capitais rumo a ativos mais seguros. Ele confia que “a situação vai se equilibrar em uma semana ou 10 dias, porque todos os bancos centrais irão atuar para equilibrar o preço do dólar”.
Deste modo, ele prevê que o dólar caia para algo entre R$ 3,50-R$ 3,60, dos R$ 3,75 atuais. “Brasil tem reservas muito grandes e tem com que atuar para proteger sua moeda”, disse.
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