Cenário macroeconômico na Colômbia

Por Aansh Mehta.

O PIB colombiano deve ter um crescimento de 3,2 por cento neste ano, perdendo apenas para o Peru, entre as principais economias da América Latina, de acordo as previsões compiladas pela Bloomberg.

A previsão é que a Colômbia mantenha este ritmo nos próximos dois anos: a expansão econômica vai acelerar para 3,4 por cento em 2016 e 4,1 por cento em 2017.
 

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Isto está muito aquém do pico de 6,6 por cento de expansão do PIB observado em 2011, quando a Colômbia liderou o crescimento na região. De acordo com o ministro das Finanças, Mauricio Cárdenas, a “velocidade de cruzeiro” da economia é 4,5−5,0 por cento de expansão anual.

Os benefícios do crescimento são comprometidos pelo arrasto das commodities, que tem aumentado o déficit nas contas da Colômbia.

A queda nos preços do petróleo e do carvão, no ano passado, inflou a dívida para o maior nível desde 1997. Os economistas preveem que a Colômbia terá o maior déficit em percentagem do PIB na região neste ano.
 

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A receita com exportações caiu quase um terço no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2014. Ao mesmo tempo, as importações caíram apenas 5 por cento, já que a demanda permaneceu forte.

O ritmo lento na queda das importações sugere um alargamento no déficit, que, por sua vez, leva a uma maior deterioração nas contas do país.

“A desvalorização do peso colombiano, que em julho caiu para seu nível mais fraco em 11 anos, vai ajudar a estreitar o atual gap nas contas e impulsionar o crescimento”, disse Cárdenas.

O efeito curva J sugere que a balança comercial não vai sentir o benefício imediato do enfraquecimento do peso. Com o tempo, a moeda mais barata deve tornar as exportações não petroleiras da Colômbia mais competitivas, aumentando, assim, as vendas para o exterior e melhorando o equilíbrio.

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