Como analisar, criar e gerenciar o risco de produtos estruturados vinculados ao ESG

Este artigo foi escrito por Nitin Ananda, gerente de produto global para produtos estruturados da Bloomberg.

A emissão de produtos estruturados vinculados ao ESG (práticas ambientais, sociais e de governança) cresceu nos últimos anos, passando de zero para cerca de US$ 10 a 15 bilhões, em parte impulsionada por investidores que buscam personalizar sua exposição a fatores ESG. Este aumento acentuado reflete uma tendência mais ampla: houve mais de US$ 35 trilhões de ativos ESG sob administração em 2020, um número que a Bloomberg Intelligence estima exceder US$50 trilhões até 2025.

Embora ninguém duvide de que o uso corrente do ESG seja ótimo para o planeta, há um sentimento de ansiedade neste período de crescimento vertiginoso. Os investimentos em ESG, sejam eles produtos estruturados ou instrumentos mais simples, são tão sólidos quanto os dados que os alimentam. Sem conjuntos de dados confiáveis e comparáveis, os investidores estão navegando às cegas, vulneráveis ao greenwashing e dependentes de normas divergentes e de evidências anedóticas para orientar seus investimentos. Os gestores de fundos também podem sofrer para explicar por que tomaram certas decisões de uma perspectiva ESG, o que pode levar a críticas dos investidores.

Muitas jurisdições já estão fazendo esforços organizados para melhorar a qualidade, consistência e disponibilidade de dados. Na UE, por exemplo, regulamentações como Sustainable Finance Disclosures Regulation (SFDR), Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e a taxonomia da UE restringem os requisitos de divulgação e ajudam a padronizar as definições do que constitui o termo sustentável. Outras regiões do mundo, como a APAC, estão trabalhando em suas próprias taxonomias. Até que haja mais clareza do que constitui o conceito de finanças verdes, os investidores com foco em ESG ainda precisam lidar com as complicações de greenwashing.

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Além das considerações ESG, os investidores também são confrontados com a dificuldade usual que acompanha os produtos estruturados: empresas que não possuem ferramentas analíticas apropriadas para precificar produtos estruturados de forma satisfatória podem ter dificuldades para colocá-los em um portfólio. E mais, no espaço pós-negociação, os formadores de mercado de sell side que não são do primeiro nível têm sofrido para construir ferramentas eficazes de gerenciamento de riscos. As soluções da maioria dos fornecedores contêm lacunas significativas, e a construção de um sistema interno pode levar anos e ser proibitivamente cara.

Disponibilidade e qualidade de dados: evolução positiva

Felizmente, para os investidores focados em ESG, os mercados financeiros estão passando por uma revolução de dados verdes, liderados por empresas como a Bloomberg, que tornaram a trasparência dos dados ESG uma prioridade há mais de uma década.

A Bloomberg fornece dados ESG para quase 12.000 empresas e mais de 410.000 ativos em mais de 100 países com mais de 15 anos de dados históricos. Os dados ESG da Bloomberg podem ser utilizados no Terminal por meio das mesmas telas e ferramentas que os investidores usam diariamente, criando um fluxo de trabalho simplificado para incorporar melhor as considerações ESG. Por exemplo, algumas das ferramentas populares do Terminal para monitoramento de ações, como o EQS, já contam com buscas personalizadas para filtrar empresas com base em seu score ESG.

Além dos dados divulgados por empresas, proprietários e terceiros, a oferta de finanças sustentáveis da Bloomberg inclui estimativas, pontuações, índices, pesquisas e notícias para ajudar as empresas de investimento e corporações a avaliarem melhor seus ativos sob gestão, alocação de capital, empréstimos e relatórios sobre os requisitos de divulgação sobre sustentabilidade e desempenho.

Análise pré-negociação e criação de produtos estruturados

Assim que os investidores identificaram suas áreas de interesse em ESG usando dados confiáveis, o próximo passo é executar as análises pré-negociação apropriadas para capturar a gama completa de riscos de mercado. Isso pode ser realizado por meio da plataforma Biblioteca de derivativos (DLIB) da Bloomberg, que lida com avaliações, back testing e projeções de Monte Carlo, bem como outras funções.

Consistência de dados e grandes oportunidades
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Como os dados da Bloomberg estão disponíveis em API e Excel, os investidores podem combinar dados de ESG com outras variáveis na DLIB para obter um entendimento mais amplo do perfil ESG de uma determinada empresa e criar poderosas ferramentas de pré-negociação e pós-negociação. Por exemplo, os scores de Governança da Bloomberg analisam a composição do conselho e a remuneração de executivos em mais de 4.500 empresas – dois fatores que podem ter um impacto material no desempenho de uma empresa. Os investidores podem integrar esses scores de Governança em análises de notas estruturadas.

Os investidores também podem começar com o índice S&P e filtrar empresas com base em scores de benchmark ou indicadores ESG. Em seguida, eles podem usar o subconjunto menor de resultados filtrados na ferramenta de otimização de cesta Autocallable para Excel da DLIB para encontrar a melhor combinação de empresas que correspondam ao seu apetite por um cupom alto ou reduzir o risco downside.

Análises pós-negociação

Os investidores também podem obter e agregar fatores ESG individuais para avaliar o desempenho de seu portfólio em relação às suas próprias métricas ESG. Este passo final na jornada de produtos estruturados vinculados ao ESG pode ser especialmente desencorajador para as empresas sem o conjunto apropriado de ferramentas analíticas pós-negociação.

Nesta frente, o Sistema de risco de multiativos (MARS) da Bloomberg permite que os gestores de portfólios compreendam a exposição líquida dos fatores ESG em seus portfólios e monitorem o valor de seus portfólios sob demanda com dados em tempo real, analisem suas decisões de risco e investimento com base em prazos e gerenciem o ciclo de vida intraday e fluxo de caixa. Tudo isso em uma única plataforma integrada.

À medida que a revolução ESG continua ganhando impulso, os investidores de produtos estruturados precisam de três componentes para se manterem na vanguarda: bons dados, boas análises pré-negociação e boas análises pós-negociação. A Bloomberg não só ajuda as empresas a gerenciar estes novos imperativos como também a integrar considerações de finanças sustentáveis em sua tomada de decisões estratégicas com seu conjunto exclusivo e abrangente de dados e soluções ESG.

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