Data Centers podem reduzir análises de recursos e favorecer lucros

Análise por Gail Glazerman, analista de ESG da Bloomberg Intelligence. Exibida antes no Terminal Bloomberg.

À medida que os governos e as comunidades locais começam a perceber o alto consumo de água e eletricidade dos datas centers, empresas como a Meta, a Alphabet, a Microsoft e a Amazon podem lidar com a pressão, aumentar a rentabilidade e reduzir os riscos, encontrando maneiras de reduzir o uso de seus recursos. Recentemente, os projetos de data center de todas estas empresas tiveram dificuldades para obter licenças.

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Os vários benefícios da gestão do consumo de eletricidade nos data centers

A Alphabet fornece 5 vezes mais poder de computação do que há cinco anos com a mesma quantidade de eletricidade, o que pode contribuir para conter os custos à medida que as operações se desenvolvem. Dada a rápida aceleração do tráfego de dados, a gestão da eficiência energética não é apenas ecológica, mas também importante para a lucratividade dos data centers. Estas empresas competem cada vez mais por clientes de nuvem em termos de eficiência energética. A Alphabet, a Microsoft e a Amazon são mais eficientes do que o setor, com a redução da intensidade energética geral à medida que ganham participação. A IEA estima que, de 2010 a 2020, o uso global de eletricidade utilizada por data centers manteve-se estável, apesar de um aumento de 9 vezes nas cargas de trabalho. A eficiência não apenas economiza custos operacionais, mas também pode ajudar a aliviar as crescentes preocupações sociais sobre o uso de recursos.

A eficácia do consumo de eletricidade do data center da Meta está marginalmente à frente da Alphabet e 7,5% melhor do que a Microsoft.

Exposição climática dos data centers vinculada a recursos

Neste verão, os data centers da Google e da Oracle sofreram interrupções no Reino Unido devido ao calor extremo que afetou os sistemas de resfriamento. As empresas borrifaram água nos sistemas de resfriamento montados no telhado para evitar o superaquecimento. Uma onda de frio em 2021 no Texas reduziu o lucro líquido da Meta em 1%. As exigências elevadas em matéria de recursos expõem os data centers ao clima e aos riscos regulatórios relacionados, o que pode prejudicar o crescimento. A Thames Water lançou uma revisão da prática relativa à utilização de água potável para resfriar data centers durante períodos de seca. Para atender a esta análise minuciosa, as empresas podem precisar investir em novas tecnologias e trabalhar juntas para encontrar alternativas como água da chuva ou água reciclada. Utilizar menos água pode exigir mais energia para resfriar as instalações.

As empresas de tecnologia têm um histórico de inovação para gerenciar o uso de recursos e podem precisar acelerar os gastos para garantir a obtenção de futuras licenças e permitir o crescimento.

Escalonamento de data centers é uma faca de dois gumes

A Meta, a Amazon, a Alphabet e a Microsoft pausaram ou abandonaram projetos planejados de data centers na Europa devido à uma análise minuciosa do uso de recursos. Os data centers em hiperescala são muito mais eficientes, porém ainda exigem grandes quantidades de eletricidade e água, e oferecem relativamente poucos empregos como compensação. Isto atraiu uma reação local. Os Países Baixos e a Irlanda estabeleceram moratórias em projetos no ano passado. Diversos países europeus passaram a exigir regras mais rígidas para a eficiência de data centers. Alguns projetos com base nos Estados Unidos também enfrentaram desafios, particularmente relacionados ao uso de água em comunidades atingidas por períodos de seca.

As empresas podem abordar estas preocupações sociais e obter aprovações para crescer enquanto melhoram as métricas operacionais por meio da inovação. A Meta afirmou que as melhorias no resfriamento tornaram suas instalações 80% mais eficientes em termos de água do que a média.

Não é coincidência que a tecnologia esteja liderando o caminho em energia renovável

A Amazon, a Microsoft, a Meta e a Google são as principais empresas compradoras de energia renovável, com 100% da eletricidade da Google, Meta e Microsoft proveniente de fontes renováveis. A Amazon fica atrás em 85%, mas almeja 100% até 2025; suas compras de energia limpa em 2022 são 50% maiores do que os próximos nove compradores combinados. O setor começa a se concentrar em garantir que as compras de energias renováveis correspondam ao consumo real em termos de tempo/área geográfica.

A exposição reduzida a combustíveis fósseis voláteis pode ajudar na projeção de lucros. Recentemente, a Amazon citou a pressão em termos de eletricidade em data centers causada pelo aumento dos preços do gás natural. A redução das emissões de GEE por meio de energias renováveis poderia proteger as empresas contra as restrições impostas pelo governo. A dependência tecnológica de energias renováveis pode diminuir as preocupações governamentais, pois as empresas buscam desenvolver novas instalações que contribuam para as metas globais de redução de emissões.

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