Por Sabrina Valle.
O resultado da Vale no segundo trimestre ficou abaixo até das menores estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg. A maior produtora de minério de ferro do mundo alocou mais dinheiro para cobrir despesas relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho, que reduziu a produção.
O lucro ajustado da empresa antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu para US$ 3,1 bilhões, abaixo das estimativas que apontavam entre US$ 4,45 bilhões e US$ 5,73 bilhões. A Vale registrou prejuízo de US$ 133 milhões no período.
Destaques
Em 22 de julho, a mineradora divulgou produção de minério de ferro, componente usado na produção de aço, incluindo compras de terceiros, que ficou abaixo das estimativas de analistas em 10,5 milhões de toneladas no segundo trimestre.
A produção encolheu 12% em relação ao primeiro trimestre, sob o impacto do clima adverso no norte do país, que agravou ainda mais os desafios operacionais da empresa, forçada a suspender operações que representam quase um quarto da meta deste ano após o desastre de Brumadinho em janeiro.
Em seu relatório de vendas divulgado na semana passada, a empresa traçouum cenário mais otimista para 2019: as vendas de minério de ferro e de pelotas devem ficar no ponto médio da projeção da empresa, entre 307 milhões e 332 milhões de toneladas, acima da previsão anterior, de que o volume ficaria entre o ponto médio e o piso desse intervalo.
Na quarta-feira, a empresa informou que cerca de 20 milhões de toneladas das 50 milhões de toneladas de capacidade que ainda estão suspensas retornarão gradualmente à produção até o fim do ano, enquanto as 30 milhões de toneladas restantes, que incluem processamento a úmido, levarão cerca de dois a três anos para serem totalmente retomadas.