Por André Romani.
A rede de hamburguerias Madero prepara a abertura de capital para o terceiro trimestre de 2020, diz Junior Durski, fundador e presidente da empresa, em entrevista.
A intenção do empresário é levantar cerca de R$ 3 bilhões com a operação, sendo R$ 2 bilhões em uma oferta primária. Nesse caso, o Madero, criado em 2005 e com 147 restaurantes em 18 estados brasileiros, estaria avaliado em torno de R$ 10 bilhões.
A expectativa de Durski está baseada nas previsões de Ebitda de R$ 450 milhões para 2021, acima dos R$ 280 milhões esperados para este ano.
Para conseguir esse valor, o Madero deve seguir o caminho trilhado por outras companhias brasileiras e realizar o IPO na Nyse. “Há 95% de chance disso acontecer”, afirma Durski.
No Brasil, a empresa seria avaliada entre 15 e 16 vezes o preço em relação ao lucro. Nos EUA, o índice pode chegar de 20 a 25 vezes, segundo ele.
Durski avalia que nos EUA há mais demanda por empresas do setor e usa como modelo a rede americana de fast food Shake Shack. A empresa abriu capital em 2015 por US$ 21,00 a ação e chegou à máxima acima de US$ 100,00 em setembro deste ano, embora tenha voltado para a casa dos US$ 60,00 recentemente.
Em janeiro deste ano, o Carlyle Group anunciou a compra de uma fatia no Madero. Na ocasião, o grupo definiu a rede como “a maior cadeia de restautantes fast-casual do Brasil”.