Pacto Monsanto-Argentina entra em vigor em uma semana: Fontes

Por Pablo Gonzalez.

A Monsanto e o governo da Argentina chegaram a um acordo final a respeito de pagamentos de royalties de sementes de soja, segundo três integrantes do governo com conhecimento da situação.

Uma resolução redigida pela comissão de sementes do governo argentino em conjunto com a assessoria jurídica da produtora de sementes com sede em St. Louis, nos EUA, será enviada para aprovação do Instituto Nacional de Sementes argentino. Aprovada, ela será promulgada em 21 de junho, segundo os integrantes do governo, que pediram anonimato porque o acordo ainda não foi anunciado.

Há duas semanas a Monsanto fechou um acordo para dar ao Instituto Nacional de Sementes (Inase) controle pleno para supervisionar a detecção de plantações cultivadas de forma ilícita com suas sementes de soja geneticamente modificadas Intacta. Isto representa uma mudança cultural para os produtores do terceiro maior produtor de soja do mundo, que geralmente evitam o pagamento de royalties usando sementes geneticamente modificadas de colheitas anteriores ou adquiridas de fornecedores não registrados.

Segundo os termos do acordo final, o Inase delegará os testes a diversas bolsas de grãos porque não possui recursos para financiar os laboratórios, disseram os integrantes do governo. As bolsas terão permissão para buscar financiamento privado. Cerca de 6 milhões de testes em amostras serão necessários para analisar a origem das plantações de soja argentina desta safra, prevista em 56 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Grãos de Buenos Aires.

Os produtores cuja soja testar positivo para organismo geneticamente modificado serão contatados pelo Inase. Na eventualidade de os produtores contestarem os resultados do teste, um teste de Reação em Cadeia da Polimerase, que fornece o sequenciamento do DNA da semente, poderá ser aplicado.

“Ainda estamos negociando uma resolução e esperamos fechar um acordo final em breve”, disse a porta-voz da Monsanto, Victoria Manny, em entrevista por telefone, de Buenos Aires. Ela preferiu não comentar sobre quando será a promulgação da resolução.

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