Queda livre das moedas andinas gera dilemas para os bancos centrais

Por Sebastian Boyd e Andrea Jaramillo.

A queda do peso colombiano rumo ao seu menor patamar na história está criando divisões dentro do Banco Central, com algumas autoridades dizendo que a moeda enfraquecida vai gerar inflação.
 

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O ministro das Finanças, Mauricio Cardenas, que preside a reunião sobre políticas, viu a queda da moeda com bons olhos por representar um boom para os exportadores e disse, na última terça-feira, que o crescimento mais lento vai limitar o avanço dos preços para os consumidores.

Já o presidente do Banco Central, José Dario Uribe, e seus codiretores Cesar Vallejo e Carlos Gustavo Cano se mostraram preocupados com a expectativa de que a inflação não terá ancoragem na meta oficial de 3%, já que o peso mais fraco faz os importados ficar mais caros. Os preços para os consumidores na Colômbia subiram 4,42% em junho, superando a meta do Banco Central pelo quinto mês consecutivo.

Em uma entrevista para o jornal local La Tercera, o presidente do Banco Central do Chile, Rodrigo Vergara, disse que os cortes de juros estão completamente descartados, já que a queda do valor do peso aumenta a aceleração dos preços. O Banco Central do Chile vai se reunir na quinta-feira. A declaração de Vergara surge depois que a economia chilena registrou queda de 0,07% em uma base ajustada sazonalmente nos primeiros cinco meses do ano, sofrendo com a queda brusca dos preços do cobre.

A queda do peso para o valor próximo ao montante mais baixo dos últimos 12 ajudou a fomentar o aumento nos preços para os consumidores no Chile para 4,4%, superando a meta de inflação do Banco Central pelo 14º mês em 15.
 

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Os economistas entrevistados pelo Banco Central do Peru fecharam previsão que a inflação vai atingir 3,2% até o fim de 2015, avanço perante a estimativa de 3% em junho.
 

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