À medida que o novo coronavírus continua a abalar os mercados em todo o mundo, os tesoureiros corporativos foram colocados no centro das atenções, pois sua função se tornou repentinamente uma linha crítica de defesa para a sobrevivência de suas empresas, conforme uma nova pesquisa da Bloomberg e da Greenwich Associates descobriu.
A pesquisa com tesoureiros, CFOs e analistas financeiros líderes analisou as demandas que os tesoureiros corporativos estão enfrentando durante a crise em curso, como eles estão respondendo a essas demandas e como vêem o futuro de sua profissão pós-pandemia.
Solicitados a descrever as demandas adicionais que os tesoureiros estão enfrentando na crise atual, 33% das respostas do público da pesquisa indicaram que eles foram requisitados pela liderança da empresa para garantir financiamento durante a crise, e 32% das respostas indicaram que foram solicitados a gerenciar a continuidade dos negócios. Isso foi significativamente mais do que os 19% de respostas que indicaram pedidos de redução de custos e os 14% que indicaram pedidos de adiamento de custos.
Dado o nível de disrupção que o vírus causou, os tesoureiros corporativos também estão olhando mais de perto os riscos de crédito em sua cadeia de suprimentos e base de clientes. Solicitados a citar como estão lidando com riscos crescentes, 44% das respostas dos tesoureiros indicaram que estão analisando mais de perto o crédito, os recebíveis e o financiamento de seus clientes e fornecedores. 38% das respostas indicaram que estão aumentando as conversas com seus credores, e 15% indicaram que estão expandindo seus programas de hedge. Apenas 1% das respostas indicou que sua postura de gerenciamento de riscos não foi alterada.
“A pandemia está tornando o papel de tesoureiro corporativo mais importante do que nunca”, disse David Tamburelli, chefe de Workflow Specialists da Bloomberg na América do Norte. “Os tesoureiros estão no centro da crise, sendo solicitados a desempenhar um papel mais estratégico para garantir financiamento adequado e proteger a empresa contra riscos – algo que o estudo previu.”
A pesquisa foi realizada durante um webinar da Bloomberg sobre um recente relatório da Greenwich Associates, ““Changing KPIs force treasurers to improve their risk technology”, por Ken Monahan, analista sênior da Greenwich Associates.
“Um dos resultados mais intrigantes de nossa pesquisa foi que revelou que o foco de risco mais importante para os tesoureiros é a posição de crédito de sua cadeia de suprimentos e clientes”, disse Monahan. “Até mais que melhorar o relacionamento com seus próprios credores. Isso é interessante porque o fenômeno mais observável tem sido a corrida ao financiamento. O escrutínio da cadeia de suprimentos e dos clientes continua nos bastidores mas é uma grande prioridade, no entanto. ”
Solicitados a prever como o papel de seu departamento evoluiria após a crise, os tesoureiros acreditam que serão requisitados a se concentrar mais no gerenciamento de riscos (35% das respostas) e no gerenciamento da cadeia de suprimentos (27%). Além disso, 21% das respostas acreditam que os tesoureiros serão obrigados a manter maiores reservas, e 14% das respostas acreditam que eles serão necessários para elaborar uma resposta mais ampla a desastres e planos de continuidade de negócios. Apenas 1% das respostas indicou que a crise foi tão atípica que não teria nenhum efeito sobre as responsabilidades dos tesoureiros corporativos. A pesquisa foi realizada em 31 de março durante um webinar que atraiu 80 importantes tesoureiros e outros executivos financeiros de corporações multinacionais em todo o mundo.
Para obter uma cópia gratuita da pesquisa da Greenwich Associates sobre Tesouraria Corporativa, clique neste link.
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