A dramática mudança em compliance

O papel de compliance está passando por uma mudança histórica conforme os executivos estão deixando de se concentrar no que aconteceu no passado e se tornando parte integral de decisões de negócios e definição de estratégias. Após a crise financeira, as regulamentações estão avançando rumo a compliance em tempo real, e as empresas estão investindo para atender essas novas exigências.

Enquanto compliance passa a integrar a cultura das empresas, as pessoas devem se equilibrar entre reunir-se com executivos para definir estratégias e compreender o backoffice, incluindo tecnologia, sistemas, dados e qualidade de dados, comentou Harald Collet, chefe global do Bloomberg Vault.

Em um primeiro segmento de uma série de vídeos da Bloomberg sobre compliance, os membros do painel discutiram como o papel de compliance está mudando, como os executivos estão reformulando suas funções para se aproximarem do negócio e alguns dos desafios resultantes das novas regulamentações.

Parte integral da estratégia de negócio

Sem ter mais de examinar as ações corporativas ou os negócios depois que eles ocorreram, compliance passou a ter papel central na definição de estratégias. Hoje, muitos executivos enxergam suas funções como parte da geração de receita, em vez de custo para a empresa, uma vez que ajudam a moldar a visão sobre clientes, mercados e riscos. Mas isso não significa ter que desacelerar as decisões. Vincent Walden, sócio da Ernst & Young na área de Serviços de Investigação de Fraudes e Disputas, comparou essa abordagem pró-ativa de compliance com colocar grades de proteção nas rodovias, fazendo com que seja mais seguro para a empresa correr na direção certa.

No entanto, um dos maiores desafios é desenvolver o conhecimento técnico da equipe de compliance, comentou Gary Stone, diretor de estratégia do Bloomberg Trading Solutions. Agora, essa equipe precisa conhecer algoritmos, design, testes e comportamento de negociação, a fim de antecipar os problemas e colocar as devidas salvaguardas em prática.

Compliance é responsabilidade de todos

Mas, alterar o papel de compliance não é suficiente. As empresas também devem iniciar mudanças culturais se quiserem atender às novas exigências regulatórias. Fraude e compliance são responsabilidades de todos, e as empresas devem reforçar essas ideias para verdadeiramente ter sucesso em acompanhar as novas leis. Todos na empresa devem entender as regras – desde os executivos seniores até os funcionários da linha de frente.
 

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