Bem-vindo(a) a Aprimorando as relações com investidores, uma série sobre o papel cada vez mais relevante das Relações com Investidores (RI) para as empresas.
Com o aumento exponencial da quantidade de dados disponíveis para as empresas, também vem crescendo o desafio de analisar essas informações em profundidade e buscar nelas insights estratégicos e acionáveis. Neste artigo, vamos explorar como as equipes de Relações com Investidores (RI) podem aproveitar dados como uma forma de obter vantagem competitiva.
Do insight à influência
Para uma equipe de RI afinada com seu tempo, obter vantagem a partir de dados vai além de saber quais investidores estão comprando ou vendendo as ações de suas empresas: mais que isso, significa ter controle preciso sobre o que os concorrentes e peers estão fazendo e dizendo, seja a partir dos detalhes de seus últimos resultados ou dos pontos-chave de um lançamento de produto potencialmente disruptivo.
Tal inteligência não apenas informa as futuras divulgações da empresa e antecipa as perguntas que os investidores farão posteriormente, como também pode ser incorporada aos canais internos para aprimorar a tomada de decisão estratégica e fortalecer a posição de RI na organização.
Uma pesquisa recente realizada pelo Canadian Investor Relations Institute (CIRI) mostrou que esse aspecto do trabalho das equipes de RI passou a ser reconhecido como parte de suas atribuições: 95% dos profissionais de RI afirmam coletar regularmente informações sobre os seus concorrentes de mercado. Além disso, aproximadamente dois terços relatam que seus esforços na coleta de informações alimentam as discussões estratégicas e a tomada de decisões da alta gerência; 61% afirmam que esses dados orientam as estratégias de RI; e 22% compartilham regularmente dados de inteligência competitiva com os membros do conselho.
O valor de um insight
É importante lembrar que a ideia de contar com inteligência competitiva para operar não é nova. Os concorrentes sempre buscaram todas as informações possíveis para obter vantagem sobre os seus rivais desde que o mercado existe.
Na história das empresas de capital aberto, a inteligência competitiva assumiu uma forma mais estruturada no século XX, quando as companhias criaram departamentos dedicados à pesquisa de mercado para coletar e analisar informações que iam além das preferências de seus clientes.
Em 1983, o CEO da Motorola, Bob Galvin, criou uma das primeiras seções formais de inteligência competitiva corporativa do mundo. De acordo com o Journal of US Intelligence Studies, esse esforço criou um “fluxo contínuo de análises de inteligência bem fundamentadas sobre o movimento dos concorrentes, a evolução do setor e do mercado e as tendências tecnológicas”.
Ferramentas mais inteligentes
Hoje, o aumento do volume de dados e o desenvolvimento das soluções para obter insights está auxiliando as empresas a monitorar a concorrência e as dinâmicas do mercado em tempo real. Para os profissionais de RI já profundamente conectados ao que o mercado diz e sente sobre as organizações e seus competidores, a contínua evolução da inteligência competitiva pode auxiliar na tomada de decisões em primeira mão.
Nesse sentido, embora as fontes comuns de inteligência incluam bancos de dados externos, publicações de concorrentes e outros dados de mercado, ferramentas avançadas de finanças corporativas podem oferecer aos emissores insights ainda mais abrangentes, que profissionais de RI habilidosos podem rapidamente transformar em diferenciais estratégicos sobre seus peers e competidores.
Tais soluções incluem:
- Ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM): em termos simples, essas tools permitem que as equipes de RI acompanhem seus investidores, as reuniões realizadas com eles e quaisquer observações relacionadas. Cada vez mais, elas são alimentadas por outras ferramentas de dados para criar perfis de investidores mais completos e complexos, incluindo informações relevantes de analistas, fatores que influenciam as decisões de compra ou retenção, e muito mais.
- Analytics de mercado em tempo real: realizam a coleta de informações dos mercados em tempo real, sejam elas sobre a própria empresa, empresas do mesmo setor ou concorrentes mais distantes. As análises utilizando essas ferramentas estão cada vez mais sofisticadas e disponíveis em plataformas como o Terminal Bloomberg, possibilitando que as equipes de RI avaliem o posicionamento das empresas ou métricas-chave, como lucros, estimativas de valor justo ou desempenho ESG, e comparem resultados entre linhas de negócio individuais ou iniciativas de responsabilidade social corporativa (CSR).
- Monitoramento de ações: viabiliza a utilização de dados para monitorar ativamente variações críticas do mercado e tendências emergentes no momento em que elas ocorrem, capacitando as equipes de RI a supervisionar respostas estratégicas ou aperfeiçoar ainda mais as comunicações de mercado para máximo impacto.
- Segmentação de investidores: possibilita a utilização dos dados em tempo real para oferecer insights sobre as maiores instituições do buy-side, permitindo que as equipes de RI identifiquem potenciais investidores. Soluções como o Terminal Bloomberg permitem verificar quem detém as ações da empresa e seus reais e potenciais competidores, acompanhar de perto o que está sendo negociado e monitorar o ativismo corporativo e os votos proxy.
- Insights de analistas: realiza um balanço das pesquisas, estimativas e recomendações do sell-side, tanto para identificar incoerências entre o que um analista diz e a realidade de uma empresa, quanto para dar às equipes de RI o poder de identificar fragilidades em sua comunicação e adotar medidas para corrigi-las. O Terminal Bloomberg permite às equipes de RI comparar recomendações lado a lado e filtrá-las por preço-alvo, período, ranking de retorno total e muito mais.
- Visualização de dados: para potencializar esse conjunto robusto de ferramentas, muitos profissionais de RI podem recorrer a softwares avançados de gráficos para visualizar dados-chave e apresentá-los a diferentes públicos de acionistas, seja para obter apoio da alta gerência ou para apresentar análises detalhadas a investidores e analistas, auxiliando-os na compreensão de suas empresas. Para ver como as principais equipes de RI buscam excelência por meio do storytelling, clique aqui.
Cada uma dessas ferramentas pode, individualmente, auxiliar as equipes de RI a gerar diferencial competitivo. Mas, quando combinadas, com dados comparáveis sendo compartilhados entre elas, os profissionais de RI passam a assumir o comando, com todas as informações necessárias para orientar e justificar decisões estratégicas.
Como podemos ajudar?
Para muitas equipes de RI, a capacidade de consolidar essas ferramentas em um único painel é crucial para posicionar os profissionais de RI no centro da tomada de decisões estratégicas da organização.
A Bloomberg oferece às equipes de RI uma plataforma robusta e completa, que reúne dados de consumo em tempo real, dados financeiros estruturados, acompanhamento da inflação, previsões econômicas e pesquisa de documentos impulsionados por IA. Tais ferramentas otimizam os fluxos de trabalho e posicionam a área de RI como uma força estratégica dentro da organização.
Seja ao se preparar para a divulgação de resultados, aprimorar suas análises competitivas ou refinar a comunicação com investidores, a Bloomberg ajuda você a liderar com impacto.
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