Produtores agrícolas uruguaios levantam fundos recordes depois que o preço das terras saltou 11 vezes

Por Ken Parks.

Operadores agrícolas uruguaios estão levantando uma valor recorde de fundos em títulos de mercado depois de um boom nos preços das terras agrícolas do país.

Aproximadamente US$124 milhões de títulos vinculados a agricultura foram emitidos este ano, o dobro do ano passado, após Fideicomiso Financiero Campos Sustentables vender US$ 50 milhões em ações na sexta-feira para compra de terras agrícolas. Outra financeira do setor está planejando levantar US$ 100 milhões este ano para comprar 10.000 hectares (24.700 acres) e instalar sistemas de irrigação.
 

pag09

 
Os preços das terras no Uruguai devem continuar nessa escalada mesmo com o milho e soja caindo pela metade desde o pico em 2012. Um hectare vendido por uma média de US$3.934 em 2014, teve um aumento de 12 por cento em relação ao ano anterior e dez vezes em relação a última década, de acordo com dados do governo. Agricultura foi responsável por mais da metade dos US$ 10 bilhões negociados pelo Uruguai em de exportações no ano passado. O país, com um tamanho do estado de Missouri, está entre os top 10 mundial de soja, arroz e exportadores de carne bovina.

“É um momento muito interessante para comprar terra”, disse Enrique Garbino, diretor da Tendo Agro em Montevidéu, que administra terras no Uruguai e é backing da Fideicomiso Financiero Tierras Irrigadas, que planeja levantar US$ 100 milhões. “Em dois ou três anos, os preços das commodities vai mudar e que vai ter um impacto imediato sobre os valores da terra”.

Campos Sustentables planeja comprar 10.000 hectares por cerca de US$ 4.000 cada hectare durante os próximos 18 meses, disse Leonardo Cristalli, diretor executivo da Campos Sustentables, em uma apresentação para investidores, no dia 11 de setembro.

Para os fundos de pensão, os maiores investidores institucionais no Uruguai, os chamados projetos de valor agregado que vão além dos métodos agrícolas tradicionais são o mais interessante, de acordo com Juan Montero, que administra 54 bilhões de pesos (US$1.9 mil milhões) em fundos de pensão AFAP Sura, em Montevidéu. Enquanto potenciais oscilações nos preços das safras apresentam um risco para os investidores, a terra subjacente, provavelmente, mantem o seu valor, disse ele. “Ninguém pensa que a terra vai valer metade do valor do que é hoje”, disse Montero em uma entrevista.

Agende uma demo.