Preso na mancha de óleo, peso deve atrasar a região

Por Ralph Cope.

A alta correlação com os mercados de petróleo e falta de apoio do governo deixam a moeda da Colômbia vulnerável a outro tombo. De acordo com os analistas mais precisos, uma recente recuperação pode não ser sustentável.

Nomura – ranqueado em terceiro lugar pela Bloomberg – é o mais negativo em relação à moeda colombiana. Espera-se que em 12 meses, o peso será negociado em 3450 para 1 dólar, contra 2850, no dia 3 de novembro.

O analista mais preciso, Royal Bank of Canada, é o mais positivo dos quatro primeiros, esperando um valor comercial de 2950. Das quatro moedas da Aliança do Pacífico, apenas para o peso mexicano é esperado uma valorização em relação ao dólar americano nos próximos 12 meses, mostram os dados da Bloomberg. O peso colombiano é a moeda que mais deve se enfraquecer, em parte devido aos preços da energia.

A Colômbia não está entre os 15 principais produtores de petróleo do mundo, mas sua dependência em relação as exportações de energia impulsionaram a correlação entre a moeda e o petróleo para o mais alto nível dos mercados emergentes. O peso caiu 30% nos 12 meses até outubro, enquanto sua correlação com o petróleo mais do que dobrou, para pouco menos de 70%. Isto é mais do que os dois maiores produtores de petróleo da América Latina, Brasil e México.

Ademais, o ministro de finanças colombiano Mauricio Cardenas tem frequentemente encorajado o enfraquecimento do peso. No final de julho, ele disse que isso era benéfico para a economia e não tinha impacto na inflação porque a cesta do consumidor não inclui bens importados.

Além disso, as políticas do Banco Central limitando empréstimos em dólares por instituições financeiras locais expõe o peso colombiano a uma maior volatilidade e a distorção. Isto por sua vez faz com que seja mais difícil a cobertura de risco cambial.

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