Adaptar-se ou ficar para trás? Como o sell-side está respondendo aos novos riscos

Os bancos são constantemente pressionados por mudanças econômicas, tecnológicas e políticas. Isso fica ainda mais evidente no momento atual, em que as instituições bancárias vêm enfrentando várias transformações significativas ocorrendo ao mesmo tempo em seu ambiente operacional.

Este artigo analisa os principais riscos operacionais a que os participantes do sell-side estão sujeitos na atualidade e explora possíveis estratégias para enfrentá-los.

Crescimento do investimento em compliance

“Os desafios que os bancos estão enfrentando são a materialização de múltiplas tendências”, diz David Allright, diretor global de produtos de risco de sell-side da Bloomberg. “O principal deles é a velocidade com que novas regras estão sendo implementadas, e as já existentes estão sendo alteradas.”

“Há um grau de incerteza sobre se algumas dessas regulamentações serão ou não implementadas e quando entrarão em vigor. Isso depende da jurisdição na qual você se encontra e de quem está definindo a agenda dessa jurisdição no momento”, diz Allright.

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Entre os exemplos, estão os requisitos de capital relacionados ao risco de mercado e risco de crédito, regulados pelo Comitê da Basileia. A proposta do Comitê para fortalecer a resiliência dos bancos em relação a riscos foi elaborada em 2019, mas sua implementação foi adiada repetidamente desde então. Os bancos não sabem ao certo quando devem, ou mesmo se devem, investir para cumprir a regra.

Há também um equilíbrio a ser alcançado: que outros projetos de compliance devem ser postos em segundo plano para gerar margem financeira para as novas regras? “A incerteza sobre quando ou se uma regulamentação se torna obrigatória constitui um risco a mais para o banco, que precisa decidir como investir em capacidade técnica para cumpri-la”, diz Allright.

Tecnologia e risco

As inovações tecnológicas em si já aumentam os riscos das operações bancárias. A chegada do trading eletrônico e da automação reduziu as taxas dos investidores, acelerando a diversificação dos portfólios para novos mercados, em busca de retornos mais atraentes. Com isso, a liquidez de classes de ativos de nicho, como cripto, capital privado e produtos estruturados, aumentou.

A entrada em novos mercados exige investimentos para desenvolver modelos de precificação novos e complexos e aplicar técnicas para tratar e refinar os dados. Esses custos podem aumentar ainda mais quando há necessidade de oferecer analytics de portfólio rápidos e confiáveis.

Busca de soluções inovadoras

Se o foco está nos dados e na sua importância cada vez maior para as operações bancárias, a solução é buscar datasets consistentes, especialmente os utilizados para precificar ativos financeiros. Eles oferecem aos bancos informações confiáveis para avaliar e enfrentar os riscos crescentes. Além disso, as APIs facilitam a conectividade por meio de softwares e ferramentas de modelagem, permitindo que os bancos utilizem com eficiência os conjuntos de dados em expansão acumulados diariamente pelo sell-side.

À medida que a sofisticação no uso dos dados aumenta, porém, muitos bancos podem não possuir a capacidade in-house necessária para suavizar as curvas, aprimorar as fontes de dados e acumular todos os datasets em tempo hábil. Por isso, há necessidade de recorrer cada vez mais a provedores especializados em soluções de dados e tecnologia.

Tecnologias para a redução de riscos

Como alcançar a transformação tecnológica necessária para lidar com os novos perfis de risco é algo que as instituições de sell-side precisam avaliar com atenção. Ampliar a capacidade é uma opção, mas gera custos e requer atualizações contínuas. Se a infraestrutura tecnológica da organização estiver fragmentada, e a integraçao entre os sistemas for frágil, essa estratégia talvez seja inviável.

Com a velocidade da mudanças tecnológicas e os custos de implementação crescentes, a terceirização dessas operações é uma opção prudente para os bancos.

De acordo com Allright, a chave para enfrentar os desafios desse novo cenário regulatório é o acesso a conjuntos de dados e modelos de precificação consistentes. “O que você [como banco] não quer é ter uma solução de risco no topo da estrutura diferente da que os traders estão utilizando, porque é provável que eles estejam olhando para números diferentes dos seus”, diz ele.

Em empresas com estruturas tecnológicas compartimentadas, os usuários finais, como traders e profissionais de compliance, podem não estar trabalhando com um conjunto de dados unificado ou com uma fonte confiável de inteligência corporativa. É especialmente desafiador quando diferentes departamentos têm que se reportar a várias agências regulatórias a partir de diferentes conjuntos de dados.

Ter acesso a dados e modelos de precificação consistentes também garante que os bancos possam atender às regras atuais de divulgação, para que possam justificar reivindicações e pressupostos inseridos nos relatórios e agir em conformidade com a transparência nos dados e a precisão na precificação exigidas pelos reguladores.

Conectividade veloz e avançada

Outro motivo para buscar suporte externo é obter a capacidade de se conectar a dados e modelos em estruturas como nuvens e APIs que os provedores especializados oferecem. Ela permite uma integração segura entre dados externos e internos e oferece às organizações uma visão abrangente de suas exposições ao risco.

“É importante que os bancos integrem volumes consideráveis de dados de qualidade a seus sistemas, prontos para análise e consulta”, lembra Allright.

Para realizar esse propósito, a Bloomberg desenvolveu ferramentas e tecnologia de ponta que permitem aos bancos acessar software e infraestruturas em nuvem e via APIs, sem a necessidade de investimentos massivos de capital. A tecnologia Web Services da Bloomberg, por exemplo, oferece APIs leves e que atendem aos padrões do setor. Essas APIs oferecem aos bancos acesso flexível ao software e à infraestrutura da Bloomberg, sem exigir um investimento significativo de capital.

“No passado, muito foi investido em hardware local, mas essas máquinas não são tão flexíveis e escaláveis quanto o necessário, à medida que migramos para o novo mundo da computação em nuvem”, diz Allright.

“Vemos clientes querendo acessar nosso conjunto de APIs, em vez de comprar um produto fixo instalado em seus desktops, porque eles querem gerenciar dados de formas diferentes, utilizando cada vez mais uma inteligência artificial específica. Eles almejam combinar dados externos com os seus e criar seu próprio IP.”

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