Alerta de segurança do Facebook será ligado com mais frequência

Por Sarah Frier.

O Facebook informou que não se tratou de um equívoco a decisão de pedir aos habitantes de Bancoc que se marcassem como seguros após o relato de uma pequena explosão à bomba. Trata-se de um exemplo de como os alertas de “verificação de segurança” da rede social se tornarão mais comuns.

Os alertas de terça-feira em Bancoc geraram pânico porque os usuários da rede social pensaram que deveriam se preocupar por seus entes queridos. Eles foram disparados quando um manifestante jogou pequenas bombas de fumaça em um edifício do governo, em um episódio em que ninguém saiu ferido.

O Facebook costumava decidir internamente quando era apropriado ativar a verificação de segurança, que pede que os usuários de uma determinada área geográfica se declarem salvos após desastres como o terremoto no Nepal ou os ataques terroristas de Paris. Os incidentes que atraíam a atenção da companhia costumavam ser grandes crises globais. Em novembro, o Facebook entregou o poder de suas verificações de segurança aos seus 1,8 bilhão de usuários, que agora podem decidir quais desastres merecem o acionamento da ferramenta.

“Isso permite que as verificações de segurança sejam usadas por mais pessoas e com mais frequência, independentemente do tamanho da crise”, afirmou o Facebook. O alerta foi usado mais de 300 vezes desde junho, quando a empresa começou a testar a permissão de acionamento pela comunidade, contra 39 vezes em que o Facebook iniciou a verificação de segurança ao longo dos dois anos anteriores, segundo a companhia.

O problema é que ao delegar a responsabilidade aos usuários, o Facebook provavelmente começará a enviar mais alertas que causam alarde sobre incidentes que são benignos, como o que ocorreu em Bancoc.

A companhia afirmou que à medida que as pessoas se acostumarem mais à verificação de segurança, terão menor propensão a ligar os alertas aos grandes desastres. A ferramenta estreou quando houve um terremoto no Nepal, em 2015, que matou quase 9.000 pessoas.

O Facebook afirmou que seu alerta de Bancoc ocorreu depois que o incidente foi confirmado com uma terceira fonte e que as pessoas começaram a falar localmente sobre a ameaça, acionando seu algoritmo de verificação de segurança.

Contudo, a rede social pode ter que avançar com mais cuidado. O alerta sobre o manifestante contrário ao governo em Bancoc foi marcado, por equívoco, a uma reportagem sobre uma explosão séria que ocorreu em 2015. A companhia enfrenta críticas relacionadas à propagação de notícias falsas e enganosas em seu site, algo que prometeu resolver.

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