Angústia brasileira amplia divergência na América Latina

Por Deirdre Fretz, com a colaboração de Daniel Kasinski.

Em 22 de setembro, o Real caiu para o valor mais baixo desde que a moeda foi introduzida há duas décadas, como consequência da preocupação que a Presidente Dilma Rousseff não será capaz de sustentar o orçamento e evitar novos cortes de classificação de crédito.

O Real caiu 6,7% nos sete dias após a S&P classificar o rating soberano do Brasil como “junk” em 9 de setembro. As outras moedas importantes da região tiveram uma performance bem melhor.
 

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O preço da proteção dos CDS de 5 anos do Brasil vem subindo nos últimos 12 meses mais rápido que o custo de proteção para dívida similar em USD de Colômbia, Peru, México e Chile. Os CDS soberanos no Brasil saltou para 460 pontos base em 22 de setembro de 140 pontos base um ano antes.
 

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No mercado de taxas locais, a curva do Brasil se alargava, particularmente no final, enquanto as curvas do Peru, Chile e México ficavam mais apertadas.
 

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A preocupação de que o Brasil pode enfrentar novos rebaixamentos em meio a uma crise política e uma investigação de corrupção na Petrobras está aumentando. Propostas da Dilma para cortes de gastos e aumentos de impostos não estão a ganhar suporte, com os legisladores dizendo que irá aumentar o fardo da classe média brasileira, que já está sofrendo com uma recessão e inflação que é mais que o dobro da meta do Banco Central.

“A economia está em apuros, a economia precisa se ajustar, e nós ainda não temos visto muito progresso “, disse Alberto Ramos, Chief Economist da América Latina do Goldman Sachs. “O panorama macro vai piorar antes de melhorar, portanto poderemos enfrentar mais danos no futuro.”

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