Após 15 anos de ausência, qual o preço para dilúvio de oferta de títulos?

Por Daniel Kasinski.

Desde que a Argentina negociou com credores no mês passado, os investidores da América Latina vêm tentando calcular o valor justo em uma nova emissão de títulos do soberano. O governo pensa que poderia ir tão baixo quanto 4%, enquanto os investidores dizem 8% ou mais.

Os investidores estão, provavelmente, muito mais perto do rendimento, como mostra a análise da curva. A Argentina vai vender três títulos com vencimentos de 5, 10 e 30 anos em meados de abril, disse o secretário de Finanças Luis Caputo no dia 4 de março durante a apresentação de um projeto de lei ao Congresso. Ele acrescentou que a taxa a ser discutida com os bancos e os investidores foi de cerca de 7,5%.

Os títulos Argentinos soberanos de cinco anos produziram 6,895% em 4 de março, segundo dados da Bloomberg, com base nos preços secundários Bonar. Isso em comparação com mais de 9,6% seis meses mais cedo, com base em curvas de históricos interpolados.

O de 10 anos renderam pouco menos de 8% e a curva só se estendia até 12 anos. O rendimento médio vai depender de como grande parte da dívida é emitida e em que maturidade, mas assumindo um novo prêmio de emissão, o preço pode muito bem acabar perto de 8%, dependendo das condições do mercado no próximo mês.
 

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O soberano também pode ter que pagar um pouco mais para limpar o que pode ser a maior emissão de obrigações de mercados emergentes em única vez. O ministro das Finanças Alfonso Prat-Gay disse que espera que Argentina emita US$ 15 bilhões em novos títulos para se resolver com os credores, assim como para financiar gastos do governo.

Do lado positivo, a participação limitada da Argentina nos índices de renda fixa globais devem ajudar a impulsionar a demanda em antecipação de títulos que se tornam elegíveis para incluir em benchmarks.

Como o dilúvio de títulos atinge o mercado os spreads poderiam aumentar.

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