Aprendizagem de máquina é o tema mais popular entre executivos

Por Lukanyo Mnyanda.

Se os computadores passarem a controlar o mundo das finanças, não diga que os executivos não avisaram.

A aprendizagem de máquina é um assunto popular em vários setores, considerando quantas vezes ele aparece nas conferências de resultados. O assunto foi mencionado em 189 ligações entre chefes de empresas e analistas desde o começo de julho, segundo dados compilados pela Bloomberg. O número se compara com 59 chamadas que mencionaram a revisão das normas MiFID da União Europeia, que entrarão em vigor a partir de janeiro.

A aprendizagem de máquina possibilita que computadores detectem padrões em dados que passaram inadvertidos para os seres humanos, fato que lhes permite aprender com os erros cometidos. Essa tecnologia pode ser usada para muitas coisas, como projetar o comportamento dos consumidores ou evitar fraudes e, no caso de hedge funds e outras empresas de investimento, substituir os seres humanos na escolha de investimentos. Computadores autodidatas podem avaliar milhares de ações e outros ativos e escolher onde alocar o dinheiro.

Com um toque de “Minority Report”, filme de 2002 estrelado por Tom Cruise, o CEO da CACI International, Ken Asbury, disse em agosto que sua empresa pode usar as técnicas para prever o que “um vilão” fará com base em seu padrão de conduta. O diretor financeiro da Nike, Andrew Campion, disse que a marca esportiva aumentará o investimento em inteligência artificial como parte de uma campanha digital mais ampla, e a empresa de software Oracle está usando-a para analisar candidatos a vagas de emprego.

Para bancos e administradores de investimentos, “é só o começo”, disse Andre Nedelcoux, que assessora credores em projetos digitais, como IA e aprendizagem de máquina, como diretor do grupo de consultoria em tecnologia da Excelian Luxoft. “Os serviços financeiros estão apenas entrando neste ciclo de inovação.”

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