A exigência do EMIR de que todos os participantes do mercado de derivativos apresentem relatórios rápidos e precisos levou o setor a adotar algumas novas estratégias radicais.
O Regulamento de Infraestrutura do Mercado Europeu (EMIR), que surgiu a fim de enfrentar a natureza opaca e muitas vezes complexa dos derivativos de mercado de balcão, é visto como um divisor de águas na regulação do mercado de derivativos e relatórios pós-transação. Mas qual tem sido a realidade? E ele está tendo o efeito desejado, de ditar as regras em um negócio que ainda é considerado relativamente opaco?
Tendo entrado em vigor em agosto de 2012, o EMIR foi outro produto dos compromissos assumidos pela Cúpula do G-20 de Pittsburgh de 2009. Muitas empresas acreditavam que o EMIR deveria ter sido puramente uma regulação bancária, dado que elas próprias não estavam preparadas ou equipadas para lidar com o novo cenário dos relatórios. Tanto os gestores de fundos quanto os corretores ou agentes são obrigados a comunicar, no final de cada dia, as avaliações de todas as operações de derivativos em um repositório de transações indicado.
Assumir a responsabilidade
Pequenas empresas não contavam com capacidade interna para fazer os próprios relatórios, e muitas empresas de buy-side presumiam que os seus bancos assumiriam a tarefa em seu nome e confiavam neles para tal.
No entanto, todas as empresas são responsáveis pela precisão dos seus dados relatados. Mesmo que uma empresa de buy-side delegue a função de relatório a uma empresa de sell-side, ela ainda é, em última análise, responsável pela sua precisão.
A diretiva tem, até o momento, levantado problemas que ainda estão sendo resolvidos. Depois que os repositórios de transações oficiais tinham sido oficialmente registrados, eles viram rapidamente um aumento de pedidos após a data de início e tiveram dificuldades para lidar com o volume.
Melhorias necessárias
Com relação à apresentação de relatórios, foram os bancos que propuseram uma solução para relatar transações dos clientes, uma vez que já tinham a infraestrutura para fazê-lo. Eles propuseram um sistema de relatórios delegados para agir em conformidade com os regulamentos, os quais auxiliavam especialmente empresas de buy-side, algumas das quais escolheram fazer os próprios relatórios.
Um dos maiores problemas, inicialmente, foi a consistência dos dados fornecidos – os reguladores introduziram, desde então, novas “regras de validação” como orientação, definidas para entrar em vigor no final do ano. Os relatórios também são dispendiosos para quem é encarregado de fazê-los. Grandes volumes de dados são recebidos diariamente, e a conciliação das transações enviadas por parceiros de ambos os lados apresenta dificuldades. É necessário mais trabalho para definir as melhores práticas em ambos os lados, mas isso levará tempo e exigirá colaboração.
Bancos e outras organizações, inclusive a Bloomberg, propuseram modelos para ajudar as empresas com requisitos de relatórios. Para aqueles que querem se afastar da rota de relatórios delegados e fazer os relatórios dentro da empresa, a solução de relatórios EMIR da Bloomberg oferece aos clientes um sistema de fluxo de trabalho integrado que permite enviar com confiança negociações e avaliações aos repositórios de negociações.
Clique aqui e leia o relatório “Regulations 2015/16” completo.