AT&T se prepara para briga com reguladores antimonopólio nos EUA

Por Scott Moritz e Gerry Smith.

A AT&T está acelerando os preparativos para uma batalha com o Departamento de Justiça dos EUA nos tribunais se o órgão entrar com ação para impedir a aquisição da Time Warner por US$ 85,4 bilhões, segundo pessoas a par do assunto.

A AT&T está instruindo sua equipe jurídica a se preparar para uma possível batalha judicial devido à preocupação crescente de que o chefe da divisão antimonopolista da agência, Makan Delrahim, possa querer que a gigante do setor de telecomunicações se desfaça de ativos, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas por discutirem informações privadas. O cronograma do acordo, originalmente com previsão de ser concluído até o fim do ano, agora é incerto, disse o diretor financeiro da AT&T, John Stephens, na quarta-feira.

O contrato de fusão da AT&T com a Time Warner afirma que as empresas buscarão fechar o negócio até não haver forma de apelar de uma possível ordem que impeça a transação.

Delrahim assumiu a análise do acordo em setembro após ser confirmado pelo Congresso e desacelerou o processo depois de se colocar em dia com o caso, disseram pessoas a par do assunto na semana passada. Ele busca formas de remediar os problemas competitivos gerados pela combinação da vasta rede de comunicação da AT&T com o império de mídia da Time Warner.

Delrahim assumiu a análise do caso após meses de investigação de promotores e economistas da divisão antitruste do órgão. Apesar de as negociações com as empresas terem se concentrado em reparações de conduta, Delrahim pode pedir vendas de ativos para solucionar danos competitivos, segundo uma das pessoas.

Mas não ficou claro se a AT&T estaria disposta a abrir mão de algum dos negócios que está comprando da Time Warner. A empresa afirmou que a CNN, rede de notícias que tem sido alvo do presidente dos EUA, Donald Trump, é um ativo valioso, e também considera essenciais propriedades como o estúdio Warner Bros., a HBO, a TNT e a TBS, disseram pessoas a par do assunto. O CEO da AT&T, Randall Stephenson, quer aliar toda a programação produzida por essas divisões com publicidades e outros serviços para criar novas fontes de receita.

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