Banco do México não deve temer instabilidade se ele não seguir o Fed

Por Jimena Zuniga.

México parece disposto a seguir o Fed americano quando ele levantar as taxas, para interromper a depreciação da moeda. No entanto, o fraco crescimento, a baixa inflação, uma posição fiscal e externa sólida deve dar ao México uma confiança para buscar o seu próprio caminho sem medo da instabilidade macroeconômica.

É difícil fazer um caso em que uma falha pelo Banco do México em corresponder as ações do Fed levaria a uma desestabilização, aumentando os prêmios de risco e fuga de capitais.

No fronte fiscal, o orçamento de 2016 inclui uma série de cortes de gastos destinados a trazer o setor público a necessidade de financiamento – a mais compreensiva e transparente métrica do déficit público – a 3,5 por cento do PIB, abaixo dos 4,5 da meta projetada em 2015.

Isto seria coerente com um saldo histórico de 47,8 por cento. Banxico não precisa se preocupar com a evolução da dívida pública, como o Ministério de Finanças já que no médio e longo prazo as projeções são sempre muito otimistas, incluindo, por exemplo, um crescimento de 4 a 5 por cento para 2017-2021. Contudo, as autoridades fiscais também têm sido consistentes em fazer ajustes fiscais e de gastos de acordo com projeções.
 

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A diminuição de dependência de petróleo nas receitas públicas de 35,4 por cento em 2.013 para 18,6 por cento no primeiro semestre de 2015, também sugere que os riscos descendentes para as receitas fiscais são mais limitadas.

A composição da dívida pública também parece saudável, consistindo principalmente de passivos internos, embora a proporção da dívida externa tem aumentado, atingindo 36,8 por cento em agosto.

As contas externas soam alto. O saldo em conta corrente é de um déficit moderado de 2,2 por cento do PIB, metade dos quais é financiado com investimento líquido direto. A dívida em relação ao PIB externo subiu, em grande parte devido à efeitos da avaliação e também o fato de que agentes do setor público e privado levam vantagem com taxas internacionais muito baixas. No entanto, mantém-se a um total nível moderado de 25 por cento. As reservas internacionais só cobrem dois terços disto.
 

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O aumento de passivos externos coincidiu com uma melhoria dos perfis maduros. O percentual de dívida de curto prazo caiu para 11 por cento do total em 30 de junho. No setores corporativos mais preocupantes, caiu para 19,5 por cento.

Finalmente, o sistema financeiro é sólido, ostentando métricas elevadas de capitalização e riscos contidos.

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