Por Fabiana Batista.
A subsidiária de açúcar da Louis Dreyfus no Brasil busca reduzir a exposição às oscilações do câmbio para proteger a dívida atrelada ao dólar.
Cerca de 90% da dívida de R$ 5,9 bilhões da Biosev é denominada na moeda norte-americana, o que torna a empresa vulnerável à volatilidade do real, disse o diretor financeiro da empresa, Leonardo Oliveira D Elia, em entrevista por telefone. Nos nove meses até dezembro, a Biosev registrou despesa financeira de R$ 624 milhões, em parte devido à alta do dólar em relação ao real.
Para a empresa, uma dívida sustentável não tem a ver apenas com extensão dos vencimentos, afirmou. Embora uma exposição da dívida ao dólar ofereça ao exportador um hedge natural, é necessário um corte “significativo” para proteger resultado e equity, disse, sem estabelecer uma meta para a redução.
A Biosev analisa tanto contratos de hedge no mercado futuro quanto contratos a termo de moeda (NDF) e espera avançar essas transações nos próximos meses, disse.