Bolsa pode saltar quase 30% com vitória de reformista, diz Citi

Por Vinícius Andrade.

O Citigroup está certo de que um candidato de mentalidade reformista vencerá a eleição presidencial do Brasil em outubro. Se isso acontecer, o Ibovespa pode saltar cerca de 27% até o fim de 2018.

A corrida está finalmente esquentando, na véspera do prazo final de 15 de agosto para que os partidos registrem seus candidatos. O banco vê “melhores chances de um candidato que apoia as políticas econômicas ortodoxas vencer” e acredita que a eleição será decidida no segundo turno em 28 de outubro, escreveram estrategistas liderados por Julio Zamora e Fernando Siqueira em um relatório de 13 de agosto. O Ibovespa pode terminar 2018 a 98.000 pontos nesse caso, com empresas cíclicas como Lojas Americanas e estatais se beneficiando mais.

Marina Silva, Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro se qualificam como candidatos “ortodoxos”. Candidatos do Partido dos Trabalhadores, incluindo ex-presidente preso Luiz Inácio Lula da Silva (improvável que concorra por conta de sua prisão) e Fernando Haddad, e Ciro Gomes fazem parte do “grupo heterodoxo”. Se um deles vencer, o Ibovespa deve cair para 70.000 no final do ano, de cerca de 76.400 agora”, diz o Citigroup.

O Citi vê 70% de chance de que Marina, Alckmin ou algum candidato de mentalidade semelhante vença.

Se um candidato ortodoxo ganhar, os estrategistas vêem um cenário semelhante ao que se seguiu ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016, quando a confiança do consumidor e do investidor melhorou, a moeda se valorizou e os prêmios de risco caíram. Na época, as ações de pequena capitalização, financeiras, energia e materiais tiveram desempenho superior. Entre as escolhas do banco estão: Petrobras; Banco do Brasil ; Lojas Americanas; Usiminas; CCR; Rumo; Eletrobras e Itaú Unibanco.

Se um presidente não-reformista assumir o cargo, o Citigroup diz preferir exportadores e nomes defensivos, considerando que as empresas estatais provavelmente sofreriam um prejuízo menor, a Eletrobras provavelmente não privatizaria suas unidades e os bancos acabariam com mais regulamentação. Entre essas escolhas estão: Vale, Weg, Engie Brasil Energia, Ambev, Telefônica Brasil, Sabesp, Raia Drogasil e Suzano.

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