Brasil flexibiliza norma de conteúdo para captar projetos de energia renovável

Por Brian Wingfield.

O Brasil pretende fazer com que seja mais fácil para os participantes estrangeiros investirem em alguns setores, como a energia renovável, tornando os requisitos de conteúdo local mais flexíveis, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

A presidente Dilma Rousseff poderia assinar já na próxima semana um decreto para dar mais valor à contribuição de engenheiros do país na avaliação do conteúdo local dos projetos, disse Braga em uma entrevista no escritório da Bloomberg, em Washington. A medida ajudaria projetos com uma alta proporção de equipamentos estrangeiros a atenderem aos requisitos levando em conta esses serviços.

“Precisamos ter bom senso em relação a isso, um bom equilíbrio”, disse Braga. “Eu acho que eles vão ficar contentes com esse decreto”, disse ele, referindo-se aos investidores estrangeiros.

O ministro de Minas e Energia do Brasil foi a Washington em parte para se encontrar com potenciais investidores, pois o país visa dobrar sua capacidade de energias eólica, solar e de biomassa até 2030. Braga disse que é possível atingir essa meta, mesmo com o Brasil enfrentando uma seca que tornou a produção de energia proveniente de fontes hidrelétricas mais desafiadora.

“Nós criamos muitas oportunidades para os investidores” no setor elétrico, disse Braga.

O Brasil realizará no dia 6 de novembro um leilão para atrair investimento estrangeiro no setor hidrelétrico e vai privatizar pelo menos cinco empresas de distribuição nos próximos anos.

Braga disse que o governo brasileiro não favorece uma proposta legislativa que cederia o controle dos campos petrolíferos em águas profundas da Petrobras. A empresa estatal se tornou mais eficiente na operação dos chamados campos em águas profundas na área do pré-sal e não são necessárias mudanças regulatórias para viabilizar a região, mesmo com os preços internacionais do petróleo bruto oscilando em torno de US$ 50 por barril, disse ele.

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