Por Benjamin Katz.
A British Airways está implementando uma tecnologia que permitirá que os passageiros passem pelos portões de embarque de sua principal base, o Aeroporto de Londres Heathrow, usando reconhecimento facial.
Aparelhos de biometria instalados na principal área de triagem de segurança do Terminal 5 capturam traços do rosto do passageiro junto com o cartão de embarque, e depois um escaneamento facial no portão verifica a identidade da pessoa, possibilitando que o viajante entre no avião sem mostrar documentos, informou a empresa aérea, em carta aos funcionários. O sistema foi desenvolvido para acelerar os embarques e reduzir erros, afirmou a companhia.
O equipamento está em uso em três portões e são planejados mais 33 para os próximos meses, informou a aérea. O sistema será utilizado inicialmente apenas para rotas domésticas, mas o objetivo final é estendê-lo aos voos internacionais.
A British Airways, uma unidade da IAG, que tem sede em Londres, já opera guichês para despacho automático de bagagens nos aeroportos Heathrow e Gatwick. Os guichês fazem parte de uma reorganização realizada há quatro anos pelo CEO Alex Cruz que inclui investimentos para melhorar o acesso dos passageiros ao voo.
“A adição de portões de embarque automático e os pontos para despachar automaticamente as malas são apenas duas formas de investir nas áreas que nossos clientes mais valorizam”, disse Troy Warfield, diretor de experiência do cliente da empresa aérea, por e-mail, em resposta a perguntas.
O início da utilização do sistema de escaneamento facial em Heathrow coincide com a imposição de novas medidas de segurança no Reino Unido e nos EUA, que proíbem que passageiros de alguns lugares do Oriente Médio levem laptops e outros aparelhos eletrônicos grandes na cabine dos aviões.
O setor da aviação estuda a tecnologia de reconhecimento facial em todo o mundo. O aeroporto de Paris Charles de Gaulle está testando um software para agilizar o controle de passaportes, enquanto a KLM, marca holandesa do grupo Air France-KLM, está realizando um teste de três meses no aeroporto Schiphol, de Amsterdã. Os sistemas estão sendo instalados também nos EUA e no Japão.
Em paralelo, os aeroportos europeus estudam métodos para identificar líquidos explosivos no scanner sem exigir que os passageiros removam garrafas da bagagem de mão, em um esforço para melhorar a segurança e aliviar uma exigência que continua sendo uma das partes mais árduas de uma viagem aérea.
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