Por Deirdre Fretz, Isis Almeida e Whitney McFerron.
O cacau, commodity com melhor desempenho em 2015, caiu 11 por cento até 12 de janeiro na ICE Futures em Nova York, acabando com os 10% de aumento do ano passado. Isso é ruim para a América Latina, onde a produção de cacau tem aumentado. Os suprimentos da África Ocidental caíram mais do que esperado, somando às perspectivas lentas para a demanda de chocolate e um mercado mais amplo de sell-off. Essa derrocada acabou com os 10 por cento de aumento do ano passado, maior ganho entre as 24 matérias-primas no Índice Standard & Poor GSCI. Os preços subiram 60 por cento durante quatro anos até 2015.
Enquanto os agricultores na Costa do Marfim e Gana continuam a dominar recursos, a produção da América Latina está crescendo. Países da região tem plantado árvores de alto rendimento, de acordo com a Organização Internacional do Cacau. Isso ajudou os produtores de cacau da América Latina aumentar a sua produção em 34 por cento entre as estações de crescimento 2014-15 e 2010-11, de acordo com estatísticas do grupo da indústria. Durante o mesmo período, a produção na África e na Ásia caíram 5 por cento e 24 por cento, respectivamente.
Equador é o maior produtor de cacau da AL; Honduras vê maior crescimento desde 2010/2011
Produção no Equador, maior produtor de cacau da América Latina, aumentou 56 por cento no período 2014-15 em comparação com 2010-11. Expansão está ocorrendo em quase a mesma taxa na Colômbia, Peru e México, de acordo com a OIC.
“As ofertas estão começando a aumentar a partir de lugares como a América Central com produtores de cacau olhando para substituir o café,” disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group Inc, em Chicago, por e-mail.
“Isto é pequeno agora, mas tem realmente ganhado força ao longo dos últimos anos e vai se expandir.” Depois de um déficit de produção de cerca de 150.000 toneladas na temporada 2015-16, que começou em outubro, o mundo vai em breve ter mais oferta do que precisa. Output vai exceder a demanda por 93.000 toneladas na temporada 2016-17, de acordo com o Rabobank International. Isso seria o maior excesso desde 2010-11.