Câmbio e eleições no Brasil afetam volatilidade do café

Por Marvin G. Perez.

As enormes oscilações do dólar no Brasil durante a eleição fizeram a volatilidade de 30 dias dos preços do café arábica atingir o nível mais alto em mais de dois anos.

A corrida dos fundos de hedge para reduzir o número recorde de apostas pessimistas no café ajudou a impulsionar a recuperação das commodities em relação ao menor patamar em 12 anos, disse Hernando de la Roche, vice-presidente sênior da INTL FCStone em Miami. O impulso da valorização do real em relação ao dólar pode diminuir devido às dificuldades econômicas do Brasil, disse.

O rali do café parou nas duas últimas sessões com uma queda de 5,7 por cento do preço. A oferta continua abundante no Brasil, o maior produtor e exportador do mundo, e no Vietnã, o segundo maior produtor. As flutuações do dólar muitas vezes determinam o apelo das exportações, cujos preços são fixados em dólares.

No período de uma semana que terminou em 30 de outubro, os fundos de hedge reduziram as posições líquidas curtas em 76 por cento, para 25.874 contratos, contra um recorde de 109.159 em 18 de setembro, mostraram os dados mais recentes do governo em 2 de novembro. Na mesma data em setembro, o arábica tocou o patamar de 95,1 centavos a libra-peso na ICE Futures U.S., em Nova York, nível mais baixo para o contrato mais ativo desde julho de 2006. O preço fechou em US$ 1,1325 na terça-feira.

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