CEO da Snowflake quer impulsionar software de dados com acordos de IA

Artigo escrito por Brody Ford. Exibido antes no Terminal Bloomberg.

O novo CEO da Snowflake Inc., Sridhar Ramaswamy, está buscando negócios na área de inteligência artificial para se manter competitivo diante dos seus pares, como a Databricks Inc., e das gigantes da área de computação na nuvem.

O provedor de análise de dados estava em negociações para adquirir a startup Reka AI por mais de US$ 1 bilhão, mas as conversas dissiparam sem um acordo. A Snowflake lançou seu próprio grande modelo de linguagem em abril, o Arctic, além de permitir que os clientes usem LLMs de outras empresas, como a OpenAI, em sua plataforma. Em maio, a Snowflake anunciou que contrataria cerca de 35 funcionários da startup focada em IA TruEra, que levantou US$ 25 milhões em sua última rodada de investimentos em 2022.

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“Estaremos atentos a aquisições de maneira oportuna”, disse Ramaswamy em uma entrevista, acrescentando que a Snowflake também vai trabalhar para contratar os maiores talentos de IA. “O número de pessoas, na minha opinião, que hoje podem treinar modelos realmente de alto nível é extremamente pequeno — eu diria que são algumas centenas de pessoas.”

Ramaswamy, ex executivo do Google e cofundador da startup de pesquisa Neeva, se tornou o CEO da Snowflake no início deste ano. Sua principal tarefa é ressuscitar o crescimento da receita, que tem sofrido com os orçamentos apertados de tecnologia corporativa. Uma parte do esforço tem sido investir em IA.

Ainda assim, os investidores se desiludiram com a Snowflake conforme as taxas de crescimento das vendas caíram de 69% no ano encerrado em janeiro de 2023 para um estimado em 24% no ano fiscal atual, que termina em janeiro de 2025. As ações caíram 31% neste ano, fechando em 3 de junho a US$ 136,93 em Nova York.

A concorrência com a Databricks em certas áreas significa que a Snowflake precisa melhorar algumas funções, como a capacidade de usar facilmente dados armazenados em diferentes lugares, disse Ramaswamy. A Databricks afirmou que as vendas do seu produto de data warehousing, concorrente da Snowflake, saltaram 200% no ano anterior, encerrando 2023 com uma receita anual de US$ 250 milhões.

“Se você está no ramo de armazenar dados e obter insights a partir deles, somos uma maneira muito mais fácil e agradável de fazê-lo, não sendo necessário reunir vários serviços para fazer o mesmo”, disse Ramaswamy quando questionado sobre a concorrência com a Databricks.

Na conferência anual de clientes da Snowflake a empresa anunciou produtos para ajudar os usuários a acessar e analisar os dados armazenados em mais lugares. Ela também está expandindo o suporte ao Iceberg, um método de armazenamento de dados criado pela Netflix Inc., que ganhou popularidade nos últimos anos. “Estamos focando bastante nisso porque acreditamos que é o que os clientes querem”, disse Ramaswamy.

Os investidores estão focados na relevância da Snowflake em IA e no posicionamento competitivo contra a Databricks e gigantes de infraestrutura na nuvem, como a Microsoft Corp. e a Amazon Web Services da Amazon.com Inc., escreveu Brad Zelnick, analista do Deutsche Bank, antes da conferência. “Acreditamos que será importante para a gestão abordar alguns desses tópicos e as ameaças percebidas, correta ou incorretamente, de forma direta.”

Quanto à concorrência com os provedores de nuvem, Ramaswamy disse que os produtos da Snowflake são melhores do que os produtos comparáveis da Microsoft e da Amazon, embora as ferramentas deles “estão melhorando e por isso também precisamos continuar melhorando nosso produto principal”.

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