Por Maria Jose Campano.
A Singular AM aposta que haverá interesse nos títulos de dívida corporativa do Chile, apesar do cenário de alta de juros no país. A gestora de fundos lançou o ETF Singular Chile Corporativo, o primeiro da categoria formado apenas por instrumentos de dívida local.
O fundo negociado em bolsa (exchange-traded fund) começou a ser negociado em 30 de janeiro e tem como referência o índice RiskAmerica Corporate Liquidez Lite. Ao longo de 2018, esse índice rendeu 5,4 por cento, enquanto o IPSA (S&P/CLX IPSA) do mercado acionário recuou 8,25 por cento.
Mesmo com os juros baixos atualmente devido a contingências geopolíticas e incertezas macroeconômicas globais, a renda fixa terminou o ano passado como investimento mais atraente do que as ações no país.
O ETF investirá em títulos emitidos por empresas e/ou bancos do Chile que compõem o índice RiskAmerica, instrumentos de entidades que detêm outros títulos corporativos e/ou de bancos do índice, instrumentos emitidos pelo Tesouro ou banco central e outros, segundo o prospecto enviado pela Singular à agência reguladora do mercado.
“Estamos convencidos de que os ETFs serão parte importante das carteiras locais, basta ver o que ocorre no EUA”, afirmou o analista financeiro da Singular, Diego Chomali. Nos EUA existem aproximadamente 2.270 ETFs, sendo que mais de 385 são dedicados à renda fixa, com valor superior a US$ 639 bilhões.
No Chile, instrumentos de dívida representam a maioria dos investimentos, mas não havia ETFs 100 por cento dedicados à renda fixa local. Em 2006, a LarraínVial lançou o fundo mútuo LVACL, que visava imitar o índice de renda fixa LVA. Com a baixa liquidez de seus papéis, o produto durou pouco.
A Singular também pretende lançar neste mês no Chile outro ETF, no caso para replicar um índice internacional de ações. O FTSE Global All Cap Index refletirá o desempenho de aproximadamente 8.000 ações globais.
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