A China oferecerá mais incentivos, incluindo terras e empréstimos bancários, para ajudar trabalhadores migrantes a voltarem para suas aldeias de origem depois que a rápida expansão das cidades e os cortes de capacidade em alguns setores limitaram as oportunidades de emprego.
Cerca de 7 milhões de pessoas já voltaram para suas aldeias para fazer negócios, disse o ministro da Agricultura, Han Changfu, em entrevista coletiva em Pequim, na sexta-feira. Entre os novos negócios estão o turismo rural, a criação de lojas on-line e pequenas fazendas, disse Han Jun, diretor do Escritório do Grupo Central de Trabalho Rural, na coletiva. Os cidadãos urbanos precisam de mais ar fresco e de produtos agrícolas de melhor qualidade, disse Han.
A China experimentou uma migração em massa de trabalhadores das áreas rurais para as cidades em busca de empregos com melhor remuneração. O número de trabalhadores migrantes chegou a cerca de 282 milhões no fim de 2016, um aumento de 4,2 milhões em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais. A capital Pequim adotou medidas para controlar o tamanho da cidade e de sua população.
Cada vez mais migrantes, incluindo homens de negócios e pessoas com diploma universitário, estão voltando ou se mudando para o campo para montar negócios, disse Han, do escritório rural. Eles se transformaram em uma “nova força” que impulsionará a reforma da oferta agrícola do país, disse ele.
A redução do excesso de capacidade de alguns setores, como o do carvão e o do aço, significa que há menos empregos para os trabalhadores migrantes nas cidades e é uma das razões que explicam por que alguns chineses estão voltando para as áreas rurais, disse Zong Jinyao, representante do Ministério da Agricultura, em entrevista coletiva, em 15 de setembro. Outros citaram o alto custo de vida como motivo para deixar as cidades, disse ele.
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