Cidadãos italianos são os grandes perdedores da zona do euro

Por Lorenzo Totaro e Giovanni Salzano.

Quase duas décadas após a criação do euro, os italianos são os grandes perdedores entre os 19 países que usam a moeda única.

Em termos reais, o PIB per capita encolheu 0,4 por cento nos últimos 18 anos, segundo cálculos da Bloomberg a partir de dados do escritório de estatísticas da União Europeia até 2015 e de estimativas para 2016. Embora a economia da Itália tenha se expandido 6,2 por cento desde 1998, sua população aumentou 6,6 por cento no período, causando a queda no produto por pessoa.

Ritmo muito lento

“A comparação com outros países mostra claramente que a economia italiana se expandiu em ritmo muito lento no período”, disse Loredana Federico, economista do UniCredit Bank, em Milão. “Será muito difícil, nos próximos anos, a Itália eliminar a diferença com outras economias que já voltaram ou até superaram os níveis pré-crise.”

Em janeiro de 1999, 11 integrantes da UE introduziram o euro como moeda contábil. Logo a Grécia se juntou. As cédulas e moedas entraram em circulação em janeiro de 2002 e a zona do euro continuou se expandindo. Em 2015, a Lituânia se tornou a décima nona integrante da união monetária.

O PIB per capita da Itália teve desempenho bem pior que o da Grécia, país severamente prejudicado pela crise financeira. Por pessoa, o valor de todos os bens e serviços produzidos na Grécia aumentou 4 por cento nos últimos 18 anos, segundo cálculos da Bloomberg.

Na Alemanha, maior economia da região, o produto per capita disparou 26,1 por cento desde 1998. Os cidadãos do país comandado pela chanceler Angela Merkel são os ganhadores entre as principais economias do bloco.

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