Por Lu Wang.
Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google dominam o mercado acionário dos EUA. Pela primeira vez, as cinco maiores empresas do mundo pertencem ao mesmo setor. Na média, suas ações se valorizaram 46 por cento em 2017 — o triplo do ganho do S&P 500. Se formassem sozinhas um mercado, seu valor somado, de US$ 3,3 trilhões, seria o sexto maior do mundo, entre o do Reino Unido e o da França.
Essas ações impressionam, mas a discussão não estaria completa sem uma análise das perspectivas de lucro dessas empresas. Os pessimistas que enxergam um paralelo com a bolha da internet raramente mencionam o histórico notável de lucros dessas companhias.
O Goldman Sachs fez uma lista de dados que contextualizam a lucratividade do setor de tecnologia:
* O faturamento do grupo de gigantes conhecido pela sigla FAAMG aumentou 21 por cento no terceiro trimestre, o maior ritmo de crescimento em cinco anos e o triplo do crescimento da receita das componentes do S&P 500.
* A força do setor não se limita a FAAMG. O lucro total aumentou 22%, ultrapassando todos os outros setores exceto o de energia.
* Mais de 80 por cento das companhias de tecnologia superaram as estimativas de lucro dos analistas em mais de um desvio padrão. Foi o melhor desempenho em pelo menos 19 anos. Apple, Microsoft, Facebook e Google foram responsáveis por metade da surpresa no S&P 500.
* A margem de lucro do setor tecnológico se expandiu 0,72 ponto percentual, enquanto os analistas previam queda.
* A supremacia de FAAMG em termos de expansão continuará em 2018. A previsão é que as vendas do grupo aumentem 20 por cento, comparado a uma estimativa de 11 por cento para o S&P 500.
Graças a lucros robustos, os múltiplos de FAAMG não estão tão fora do padrão histórico, apesar das taxas de retorno desproporcionais. O valor de mercado do grupo equivale a 4,9 vezes as vendas, comparado a 2,3 para o S&P 500, em linha com a média de 10 anos, de acordo com dados do Goldman.
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