Por Fernando Travaglini.
Dólar está no centro das atenções hoje. Primeiro, pelo impacto esperado após anúncio da data do julgamento em tempo recorde de Lula na segunda instância. Depois, pela tentativa frustrada de votar a Previdência ainda este ano, que levou a moeda a testar — e não romper — o patamar de R$ 3,33. Por fim, no exterior, pesam a derrota de Trump e a aguardada alta de juros pelo Fed, seguido de fala da Yellen. IPO da BR Distribuidora, varejo, plano da Oi e acordo com bancos completam cena doméstica. Veja os assuntos para hoje:
Mais cedo do que o esperado
TRF-4 marcou para 24 de janeiro o julgamento de Lula na segunda instância, que pode impedir a candidatura do ex-presidente. A notícia saiu no fim da tarde de ontem e já impulsionou a bolsa e reduziu a alta do dólar, aliviando parcialmente o ceticismo sobre Previdência. Segundo a Eurasia, data reforça expectativa de que Lula não será candidato. Olhando para 2018, pondera a consultoria, Lula ainda pode ter vários recursos, mesmo com decisão negativa. A defesa de Lula questiona tramitação recorde e a falta de isonomia de tratamento. PT planeja recorrer ao STJ e STF para garantir candidatura de Lula, diz o Valor
Dólar, Lula e Previdência
Antes do recuo com Lula, dólar chegou a bater R$ 3,33 nesta terça-feira, sem sustentar o patamar, em meio a notícias sinalizando dificuldade crescente para a votação ainda este ano da Previdência. Vale destacar que desde ontem pela manhã, o interesse do mercado no comportamento do dólar ganhou importância com o alerta do Copom de que sem a continuidade das reformas os prêmios de riscos podem subir e alterar o comportamento inflacionário. Pelo desempenho da moeda no fim do dia, decisão do TRF-4 pode funcionar como contraponto
Temer insiste
Temer pede esforço concentrado até terça-feira, mas noticiário segue apontando carência de apoio. Deputados usam fala de Temer sobre possibilidade de adiamento para se livrar da reforma, que não querem votar antes da eleição de 2018, diz reportagem do Estado. Governo sabe que não tem votos, diz vice-líder do PMDB, deputado Daniel Vilela. Fechamento de questão do PMDB “para inglês ver”, disse a jornalistas
Fed, Yellen e Trump
Enquanto mercado aguarda possíveis sinalizações do FOMC, seguindo por fala da Yellen, dólar cai ante maioria das principais moedas após candidato republicano ao Senado ser derrotado no Alabama, ampliando receios sobre força de Trump para tocar agenda no Congresso. Rand e peso mexicano estão entre divisas de melhor desempenho nesta manhã. FOMC informa decisão sobre taxa de juros, 17:00; Janet Yellen realiza coletiva de imprensa sobre decisão, 17:30; assista em LIVE
Oi, BR e bancos
Hoje sai o preço de IPO da BR Distribuidora. Petrobras pretende levantar até R$ 7,5 bi com a oferta de 25% do capital de sua unidade de postos de gasolina, segundo o prospecto preliminar da oferta. Previ avalia participar da operação como forma de diversificar portfólio. Oi apresentou um planorevisado que daria aos credores até 75% da empresa, uma concessão que poderia ajudar o gigante brasileiro de telecomunicações a resolver uma saga de 18 meses para reestruturar US$ 19 bi em dívidas. AGU anunciou ontem que acordo planos econômicos envolve 5 bancos e prazo de 3 anos. Acordo com poupadores vai liberar R$ 5 bilhões em 2018, diz a Folha
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