Por Justin Bachman.
No momento em que o espaço na classe econômica se torna cada vez mais limitado, as empresas aéreas dos EUA estão criando uma classe mais espaçosa para os passageiros que não podem pagar a classe executiva, mas estão determinados a escapar do aperto da classe mais popular.
Chamada “premium economy”, essa seção com mordomias adicionais entre as classes econômica e executiva tem por objetivo ocupar a lacuna crescente que surgiu entre elas — e tirar mais dinheiro dos passageiros. A classe premium economy é item básico das grandes empresas aéreas internacionais há vários anos, mas só agora começa a aparecer nas empresas aéreas americanas.
Empresas aéreas de todo o mundo correram para implantar classes premium economy nos últimos anos porque os clientes mostram disposição para pagar espaço extra e comodidades. “Há demanda para algo entre as classes econômica e executiva”, disse o porta-voz da American Airlines, Joshua Freed, na quinta-feira, durante um passeio pelo novo 787-9 no aeroporto de Dallas-Fort Worth. O avião é uma versão maior, de 285 assentos, do 787-8 que a American recebeu pela primeira vez no início do ano passado.
Em quase toda empresa aérea com premium economy o maior atrativo é a distância ampliada entre os assentos e a largura deles, normalmente junto com refeições e utensílios de mesa melhores, tela de entretenimento maior, fones de ouvido que isolam ou reduzem o ruído, kit de comodidades mais extravagante e, às vezes, franquia de bagagem mais generosa. Normalmente está incluída uma bebida para antes do voo. Algumas empresas aéreas também permitem que os passageiros da premium economy utilizem seus lounges no aeroporto pagando uma tarifa adicional.
A American é a primeira empresa aérea dos EUA a introduzir a nova classe em seu Boeing 787-9, com 21 assentos em um layout de fileira 2-3-2, muito mais espaço que o 3-3-3 da parte traseira do avião. A American usa o mesmo assento MiQ de 48,26 centímetros de largura da B/E Aerospace para a primeira classe em alguns de seus aviões domésticos, o que salienta ainda mais o contraste com o padrão da empresa aérea, os assentos da classe econômica do 787, com 43,18 centímetros de largura.
A nova classe oferece 96,5 centímetros de espaço entre os assentos e eles se reclinam 15,2 centímetros. Cada assento vem também com uma tela de 27,94 centímetros, 5 centímetros a mais que as da classe econômica, e os benditos fones redutores de ruído. (Os passageiros da classe executiva do 787-9 recebem versões que eliminam o ruído completamente e uma tela de 39,1 centímetros).
Em termos de receita, a nova classe é uma ideia engenhosa, considerando que as tarifas normalmente são centenas de dólares mais elevadas que as da classe econômica regular, com um custo apenas marginalmente superior. Por exemplo, a Singapore Airlines está cobrando mais de US$ 3.900 a viagem de ida e volta na premium economy no início de dezembro — quase US$ 2.000 a mais que na classe econômica em seu novo voo sem escalas de São Francisco a Cingapura. A passagem da Qantas Airways na premium economy no mesmo período é quase US$ 1.500 superior à de US$ 2.411 para voos de ida e volta de Los Angeles a Brisbane, na Austrália.
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