Por Ralph Cope.
As economias emergentes, uma vez saudadas como os salvadores do crescimento mundial, cresceram 4,4% no segundo trimestre de 2015. Excluindo a China – que responde por 37% do PIB nominal em mercados emergentes, de acordo com o FMI – o PIB cresceu apenas 1,8%.
Em comparação, as economias desenvolvidas que cresceram 2,3% no trimestre, marcando a primeira vez em 14 anos que a expansão econômica na maioria dos mercados emergentes ficaram abaixo das nações desenvolvidas.
Ajustes semelhantes em velocidade de crescimento estão sendo vistos na AL. Em 2014, a Colômbia foi o país que mais cresceu na Aliança do Pacífico, com uma expansão de 4,6% – quase o dobro do ritmo do segundo colocado, Peru.
Em 2015, a previsão é de que a Colômbia seja superada pelo Peru, com a queda do petróleo, que pesa sobre a quarta maior economia da América Latina. Em 2016, a Colômbia vai crescer 2,9%, segundo dados da Bloomberg. Um crescimento 1% menor do que o Peru, mas ainda maior do que o México (2,8%) e Chile (2,5%).
As previsões mudaram rapidamente cortando suas perspectivas para o próximo ano. Ao longo dos últimos 12 meses, os analistas consultados pela Bloomberg cortaram suas projeções de crescimento para a Colômbia em 36%. Eles reduziram o México em 22 por cento no mesmo período.
Salvo um recuo súbito nos preços da energia, as perspectivas macroeconômicas da Colômbia parecem sombrios.
Os preços do petróleo e do carvão mergulharam no ano passado, o que causou o maior déficit em conta corrente da Colômbia desde 1997. Os economistas preveem que a Colômbia vai terminar 2015 com um déficit em conta corrente de 6% do PIB.
Menor valor em comparação aos déficits de 4%, 2,5% e 0,4% para Peru, México e Chile, respectivamente.