Por Jeanna Smialek.
A ideia de que a globalização não está dando certo para todos se tornou o centro das atenções em 2016, quando o populismo varreu o planeta como resultado do discurso contrário ao livre comércio e à imigração.
Novas pesquisas dão bases à discussão ao concluir que o comércio mais livre entre EUA e China chegou junto com taxas de suicídio mais altas entre homens brancos em condados dos EUA fortemente afetados.
O lado sombrio da liberalização comercial
Em 2000, os EUA concederam o status de relações comerciais normais e permanentes à China, uma decisão que expôs algumas empresas americanas a uma maior concorrência de baixo custo. Uma nova análise realizada pelo economista do Federal Reserve Justin Pierce e por Peter Schott, da Yale School of Management, conclui que os condados vulneráveis a essa mudança de dinâmica mostraram mortalidade mais alta devido a causas de óbito “vinculadas à perda relativa de emprego e renda” — particularmente suicídio.
A relação entre as novas regras comerciais e o suicídio se concentrou entre homens brancos, segundo o artigo científico, o que faz sentido porque eles são fortemente empregados no setor de manufatura. A política comercial também chegou com menos ataques cardíacos fatais, “talvez devido à perda de emprego em setores que exigem atividades extenuantes fisicamente”.
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