Este artigo foi escrito por Charlie Cohen, de Soluções de gestão de pesquisa (RMS) e vendas.
As pesquisas sempre desempenharam um papel fundamental no planejamento financeiro. Porém, conforme as necessidades e complexidades dos profissionais de investimento evoluem, também há uma necessidade crescente por uma análise mais detalhada, além de mais considerações e conjuntos de dados, como ESG e dados alternativos. Os avanços frequentes da tecnologia, como a IA e o aprendizado de máquina, podem agilizar o processo de pesquisa para melhorar a qualidade dos resultados. No entanto, é fundamental ter as pessoas certas, com a experiência adequada, interpretando esses resultados e compartilhando insights.
Para compartilhar impactos positivos, as empresas precisam primeiro de ferramentas para conectar seus especialistas com informações precisas e oportunas e para gerenciar atividades essenciais. Isto fez com que a gestão de pesquisa se tornasse uma prioridade para as empresas, inclusive durante a temporada de resultados do quarto trimestre.
Investimento em pessoas e conteúdo permanece forte
Muitas previsões indicaram o fim do analista humano, mas pesquisas sugerem o contrário. De acordo com uma pesquisa recente, conduzida pela Coalition Greenwich, nos próximos três anos, os investimentos dos gestores de ativos em capital humano vão superar seus investimentos em tecnologia e aquisição de dados a um ratio de 3:1. Os analistas fundamentalistas são uma prioridade para as organizações que buscam expandir suas capacidades internas de pesquisa. Além disso, a Coalition Greenwich descobriu que mais de 50% das empresas esperam aumentar os gastos com analistas especializados em questões de responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG).
Espera-se que outras funções recebam um investimento estável ou maior, tais como gestores de portfólio, analistas quantitativos e traders. Este crescimento, particularmente de analistas fundamentalistas, quantitativos e focados em ESG, continuará a impulsionar novos conteúdos, pesquisas e insights que precisam ser compartilhados dentro das organizações.
Muitas equipes de investimento precisam de ajuda para gerenciar o fluxo de informações e o compartilhamento de conhecimento. O que diferencia as equipes de alto desempenho é a capacidade de trocar ideias, desafiar propostas e, por meio de um processo de verificação adequado, gerar um resultador de maior valor.
De acordo com o estudo realizado no primeiro trimestre de 2022, as empresas do buy-side valorizam funcionalidades como inteligência artificial, anotação de documentos e análise de tom/sentimento. Mas a grande maioria das empresas pesquisadas está focada em acessar o conteúdo de forma rápida e fácil. A capacidade de pesquisar entre arquivos, apresentações, transcrições, pesquisas de terceiros e outros conteúdos da empresa em um só lugar foi citada por mais de 70% dos entrevistados. Embora essas funcionalidades e ferramentas possam oferecer um valor substancial às empresas, a importância do analista humano é clara. Trata-se da ponte que conecta as informações obtidas na análise aos clientes que precisam delas.
ESG ganha destaque
O aumento do foco nas questões ESG também afetou o raciocínio de longo prazo das empresas, com muitas estabelecendo planos ESG formais ou pensando nisso. Entretanto, o planejamento ESG não é distribuído de forma uniforme entre as regiões, como revela o mesmo estudo da Coalition Greenwich que descobriu que quase 40% das empresas norte-americanas não têm um plano ESG atual ou futuro, enquanto apenas 4% das empresas europeias afirmam o mesmo.
Os dados desempenham um papel importante na determinação dos ratings ESG das empresas. Os ratings ou scores ESG internos têm mais chances de serem criados diretamente pelas empresas, muitas vezes com o envolvimento de fontes terceirizadas. Os desafios comuns com ESG incluem o compartilhamento de dados em toda a organização e a integração de dados e análises nos fluxos de trabalho dos gestores de portfólio e usuários finais.
Ao considerar isso, não é de surpreender que os dados ESG estejam em primeiro lugar nos critérios de prioridade e intensidade para os planos de aquisição de dados segundo a Coalition Greenwich, com 92% das empresas relatando planos para aumentar o financiamento em dados ESG. Em contraste, menos empresas esperam investir em aumentos de dados fundamentais ou dados de terceiros.
Soluções de gestão de pesquisa otimizam equipes de alto desempenho
Conforme mais dados são gerados, os analistas realizam mais pesquisas a partir destas informações, o que resulta em uma necessidade cada vez maior de compartilhar informações de forma eficiente e produzir resultados acionáveis. Muitas empresas são motivadas pela necessidade de explorar de forma eficiente as vantagens das informações geradas pela pesquisa fundamental.
Porém, uma descoberta surpreendente do estudo da Coalition Greenwich afirma que 74% das empresas ainda dependem de e-mails e planilhas para lidar com esses fluxos de trabalho de pesquisa complexos, sendo que 80% das empresas na Europa usam esses métodos. Essas informações críticas geralmente têm uma vida útil limitada, levando a um potencial desperdício quando as pesquisas não podem ser facilmente compartilhadas. A adoção dos usuários, plataformas e ferramentas diferentes e um enorme volume de dados são outros desafios significativos para o compartilhamento de pesquisas.
Uma plataforma integrada que conecta o elemento humano, os fluxos de dados e a tecnologia pode aliviar muitos dos desafios no compartilhamento de pesquisas. Uma solução de gestão de pesquisa (RMS) fornece um meio primário de identificar ideias para basear decisões de investimento e revelar onde as oportunidades podem ser geradas. Quando as empresas conseguem desbloquear e integrar dados internos e proprietários com outros fluxos de dados usados com frequência, podem produzir um alfa maior e maximizar o investimento em capital humano e soluções que potencializam o resultado.
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