Como comparar as tendências de transição energética em 2023

Artigo escrito por Sujeet Banerjee, gerente de produtos de índices sustentáveis da Bloomberg.

2022 foi um ano tumultuado para a transição energética de baixo carbono. Conflitos geopolíticos, inflação, problemas na cadeia de fornecimento, aumento do custo de dívida e o medo de uma recessão iminente criaram um ambiente de investimento novo e desafiador.

Uma certeza em meio a este tumulto: a era de baixos preços de energia elétrica e commodities, que muitos pensavam que duraria anos, chegou ao fim. Neste artigo, exploramos três principais tendências da transição para uma economia de baixo carbono, considerando os impactos dos eventos recentes.

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Tendência 1: pela primeira vez, os investimentos em transição energética mundial se igualaram aos investimentos em combustíveis fósseis; um redirecionamento de investimentos em favor da energia limpa que dificilmente será revertido

Nos mercados públicos, foram feitos investimentos significativos em transição energética, incluindo o financiamento de capital em tecnologias relativas às mudanças climáticas e o aumento das emissões de títulos de renda fixa sustentáveis. De acordo com a BloombergNEF, em 2022, os investimentos mundiais em transição energética totalizaram US$ 1,1 trilhão, um aumento de 31% em relação ao ano anterior, e pela primeira vez esta cifra atingiu trilhões, equivalente aos investimentos em combustíveis fósseis. A China é o país colaborador mais significativo, que responde por quase metade do investimento mundial em transição energética. Os Estados Unidos estão em um distante segundo lugar.

As empresas de tecnologia relativa às mudanças climáticas levantaram US$ 119 bilhões dos mercados de capital público mundiais e investidores privados em 2022. Para capturar esta tendência, a Bloomberg e a Goldman Sachs projetaram o Índice Bloomberg Goldman Sachs Global Clean Energy para acompanhar o desempenho de ações globais que possuem exposição significativa ao potencial de crescimento do setor de energia limpa.

No mundo dos títulos de renda fixa, um crescente volume de emissões de títulos sustentáveis, tanto privados quanto soberanos, está permitindo que os investidores direcionem capital para a transição energética. Os títulos verdes, nos quais os recursos são utilizados para atividades ambientais, como energia limpa, continuam sendo o instrumento de dívida sustentável mais popular, com US$ 572 bilhões emitidos em 2022. O índice Bloomberg US Green Bond acompanha o universo de 203 títulos verdes privados dos Estados Unidos.

Tendência 2: as preocupações com a segurança energética levam ao reposicionamento da oferta de energia e aceleram os esforços de transição

A energia deixou de ser apenas uma questão de sustentabilidade e se tornou também um problema significativo de segurança para muitas nações, já que muitas delas têm se afastado do fornecimento de gás e carvão da Rússia, ao mesmo tempo em que aumentam seu foco na implementação de tecnologias limpas e na redução do consumo. De forma mais ampla, a maioria das principais economias busca acelerar sua transição com maior adoção de energia solar e eólica, captura de carbono e tecnologias de backup de capacidade energética, como energia nuclear, gás natural renovável, baterias e hidrogênio.

Nossas cestas e índices temáticos captam estas tendências. Índices populares focados no clima incluem o índice Bloomberg Electric Vehicles, o índice Bloomberg Hydrogen ESG e o índice Bloomberg Bio-Energy ESG.

Tendência 3: o crescimento da demanda por metais de transição energética é certo, mas o fornecimento não

Commodities e metais de eletrificação, em particular, são críticos para o sucesso da transição energética. Como mencionado em um blog anterior, o tema também se estende às commodities. De acordo com o estudo Transitional Metals Outlook de 2023 da BloombergNEF, metais no valor de US$ 10 trilhões (em dólares reais de 2022) são necessários entre 2022 e 2050 para atingir as metas de emissões neutras de carbono até 2050. O fornecimento da maioria dos metais necessários para a transição é limitado.

O índice Bloomberg Electrification Metals acompanha o desempenho dos seis metais primários de eletrificação. O índice Bloomberg Transitional Commodities acompanha o desempenho de um amplo conjunto de commodities necessárias para a transição para a produção de energia sustentável. Ambos os índices utilizam uma metodologia de ponderação inovadora. Em vez de confiar apenas em dados históricos, as ponderações dos índices são determinadas utilizando avaliações prospectivas de especialistas sobre oferta e demanda projetadas e sua relevância para a transição energética.

Perspectivas para o futuro

Fornecer energia elétrica mais barata, mais limpa e mais segura é um desafio monumental. Esperamos que as próximas décadas sejam um período de engenhosidade no setor de energia, exigindo uma ampla gama de índices para ajudar a navegar na transição para uma economia com baixas emissões de carbono.

Acesse I<GO>no Terminal ou navegue em nosso site para saber mais sobre os índices sustentáveis da Bloomberg e solicite uma consulta com um especialista em índices.

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