Como tesourarias podem se preparar para a economia em 2023?

Analistas da Bloomberg apresentam tendências para o cenário econômico futuro. Veja também como as tesourarias podem automatizar fluxos do dia a dia para operações com mais velocidade em tempos voláteis.

Riscos de uma recessão global, alta dos juros e crescimento da inflação estão entre as previsões que aumentam a volatilidade do cenário econômico em 2023. Fatores como a pandemia da Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia contribuem para instabilidade financeira no próximo ano. As incertezas geram impacto nas operações do dia a dia das tesourarias corporativas.

Para que as tesourarias possam se preparar para tomar melhores decisões com base em tempo real, analistas da Bloomberg apresentaram alguns insights sobre o ambiente macroeconômico em 2023.

Para entender um pouco mais sobre como as tesourarias corporativas podem se preparar para enfrentar os desafios previstos para o cenário econômico em 2023, elencamos a seguir alguns insights. Acompanhe!

1- Tendências para o cenário internacional

2- Efeitos da desaceleração da economia

3- Desafios para o novo presidente da República no Brasil

Tendências para o cenário internacional

Roger Roger Oey, especialista de mercado da Bloomberg, faz uma projeção para o cenário internacional. Ele destaca que quatro temas chamam mais atenção das tesourarias corporativas. São eles: inflação, recessão (EUA e global), baixa liquidez de mercado e desvalorização da moeda real frente ao dólar.

“Todos estão interconectados, mas a maior parte das pessoas está mais preocupada é com a recessão”, afirmou Oey durante a sétima edição Corporate Symposium 2022.

Uma demonstração de que esse tema gera aflição é a pesquisa mundial da KPMG com mais de 1.300 CEOS de grandes companhias, publicada recentemente pela Bloomberg. Do total de executivos entrevistados, 91% disseram que estão esperando recessão para 2023.

Inflação EUA

Dados da Bloomberg indicam que a inflação norte-americana chegou a 8,3% em 2022, pressionada por gastos com energia, alimentação e serviços, principalmente após a guerra na Ucrânia.

Ouça aqui as explicações de Oey sobre:

Fatores que estão puxando a inflação nos EUA.

Taxa de juros

A escalada da inflação tem gerado muita reclamação dos norte-americanos, acostumados com patamares de 2% ao ano. O remédio amargo para reduzir a curva inflacionária crescente nos EUA é aumento da taxa de juros, com impacto nas transações financeiras.

Liquidez de mercado e PIB

Os juros começam a subir nos EUA e a liquidez do mercado está em baixa. Com as medidas adotadas, economistas reduzem as estimativas de expansão do PIB norte-americano, que deverá aumentar 0,9% em 2023.

Entenda aqui análises de Oey sobre:

A queda da liquidez nos EUA.

Efeitos da desaceleração da economia

Com o ambiente macroeconômico global, se tornando menos favorável, as tesourarias corporativas devem ter mais dificuldade para fazer operações com os Estados Unidos e outros países. Adriana Dupita, economista da Bloomberg responsável pelos mercados do Brasil e Argentina, observa que a maioria dos bancos centrais está em modo “aperto monetário” para conter o fenômeno da disparada da inflação.

Estima-se que os juros vão subir em todo o mundo, contribuindo para o aumento da competição por recursos financeiros. As tesourarias que tinham facilidade para colocar dívidas no mercado internacional, devem ficar mais cautelosas devido aos os custos.

Ficará mais complicado também para empresas brasileiras acessarem dólares porque o preço das commodities está caindo, principalmente as do setor agrícola.

Atualmente, mais de 60% das exportações do Brasil são mercadorias de baixo valor agregado. Como os valores desses produtos estão em queda e o câmbio em alta, reduz a receita de negócios no mercado externo.

Confira análises de Adriana sobre:

Os desafios da desaceleração da economia global.

Entre as dificuldades para melhorar o cenário econômico no Brasil, Adriana destaca a necessidade de medidas para reduzir a dívida pública, elevar o PIB per capita e aumentar o nível de desemprego.

Desafios para o novo presidente da República no Brasil

O presidente eleito para governar o Brasil pelos próximos quatro anos deverá enfrentar inúmeros desafios para lidar com as incertezas da economia global. Apesar de não ser conhecido ainda o plano econômico de Lula nem de Bolsonaro, qualquer um que vença as eleições, encontrará um cenário internacional que não está soprando ventos a favor de nenhum mercado, alerta a Adriana Dupita.

O diagnóstico traçado pela economista da Bloomberg aponta que os riscos de uma recessão global, puxada pela alta da inflação no mundo, traz dificuldade para todos. Na sua avaliação, nem o preço das commodities nem a liquidez internacional ajudará o novo presidente do Brasil.

Já entre os desafios para o presidente eleito no mercado interno está a necessidade de aprovação de novas reformas como a administrativa para ajustar gastos e distorções com o funcionalismo público. Outra reforma urgente é a tributária para reorganizar e racionalizar impostos. Resolver a questão do teto de gastos, que ganhou caminho contrário com migração para o orçamento secreto, é necessidade do novo mandato.

No entanto, tudo vai depender de como a nova gestão do executivo federal vai trabalhar com o legislativo. A configuração do novo congresso se mostrou mais para a direita. Mas Adriana não acredita que as aprovações das medidas se tornem mais simples, o que vai exigir negociações com os parlamentares.

Ouça aqui o que Adriana comenta sobre:

Os obstáculos do novo presidente da República em relação a crise da economia global.

Tesourarias corporativas em transformação

Lidar com os tempos de incertezas exige mais eficiências das tesourarias corporativas para automação de fluxos do dia a dia e agilidade das operações. A Bloomberg conta com diversas plataformas para ajudar os profissionais desse departamento a promoverem a transformação digital do setor.

As soluções da Bloomberg para integrar dados com sistemas empresariais na nuvem e facilitar o trabalho dos especialistas que hoje atuam em home office ou modelo híbrido, após a pandemia.

O Terminal Bloomberg é uma dessas ferramentas que permite conexão com tomadores de decisão influentes do setor financeiro. Podem ser acessados pelo sistema dados em tempo real sobre todos os mercados, notícias de última hora, pesquisas detalhadas, análises minuciosas, ferramentas de comunicação e diversos recursos para facilitar o dia a dia dos tesoureiros.

Pelo serviço, é possível também se comunicar com a economista Adriana para obter suas análises de mercado. Além do terminal, a Bloomberg fornece plataformas para monitorar mercados, gerenciar riscos, impulsionar o crescimento dos negócios e acelerar a tomada de decisão. Para saber mais acesse as soluções para sua tesouraria corporativa aqui.

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