Como a transição energética afeta os mercados de metais

Análise realizada por Todd Sibilla, especialista em metais da Bloomberg. Exibido antes no Terminal Bloomberg.

Contexto

Os esforços mundiais para mitigar o aquecimento global dependem de metais industriais, seja convertendo a frota de automóveis para veículos elétricos ou transformando a malha de fornecimento de energia elétrica. Essa categoria já inclui metais para baterias e elementos de terras raras, juntamente com metais negociados em locais como a London Metal Exchange.

Tomemos o cobre, por exemplo, um mercado em que a concorrência é acirrada para obter o título de maior produtor mundial. O cobre é usado em motores de veículos elétricos e para conectar baterias, e os motores de VEs podem utilizar quatro vezes mais cobre do que os motores de combustão interna. A BloombergNEF estima que a demanda anual por cobre relacionada aos transportes será 10 vezes maior em 2040 do que em 2023. Como os transportes já representam cerca de 13% da demanda total de cobre, o aumento da produção de VEs mudará a forma como o metal é precificado e extraído.

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O problema

A demanda por outros metais básicos, como alumínio e níquel, também aumentou devido ao seu uso em baterias. Como exemplo, o eletrodo positivo de uma bateria na química do cátodo comum NMC 622 contém 60% de níquel, 20% de manganês e 20% de cobalto. Um número crescente de especialistas tem alertado sobre a escassez prevista de metais que poderia reduzir a adoção de carros elétricos, turbinas eólicas e placas solares.

O impacto comercial da transição vai além dos metais básicos que os profissionais do mercado normalmente acompanham. As principais bolsas de commodities estão oferecendo ou organizando tradings de futuros de lítio e cobalto. A própria cadeia de fornecimento também está mudando. A Nth Cycle, uma startup de Ohio, começou a extrair metais, incluindo níquel e cobalto, das baterias descarregadas para solucionar a escassez de suprimentos. Usuários comerciais estão buscando garantir um fornecimento de materiais para produção e seguir os regulamentos do governo que especificam onde os metais podem ser obtidos.

Esta tendência também aparece em fusões e aquisições. As fusões e aquisições em geral estão com uma queda de 33% em relação ao ano anterior até 14 de julho, mas as fusões e aquisições nos setores de metais e mineração aumentaram 274%, com minerais diversificados como o lítio com uma alta de 690%.

Em fevereiro, a General Motors Co. fechou uma participação de US$ 320 milhões em um investimento na Lithium Americas Corp., com o objetivo de desenvolver um fornecimento norte-americano do metal para uso em baterias de carros. Com as leis voltadas para a descarbonização — a Califórnia, por exemplo, planeja proibir a venda de veículos de combustão interna a partir de 2035 — a tendência de fusões e aquisições no setor de mineração deve continuar.

 

Acompanhe

Para acompanhar as fusões e aquisições entre as empresas de metais e mineração, acesse {MA <GO>}. Para detalhar a categoria que inclui produtores de lítio e terras raras, clique em Materiais básicos, depois em Mineração e em Minerais diversificados.

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