Por Samy Adghirni.
O presidente Michel Temer tem revivido a idéia de votar a reforma da Previdência este ano e alguns alguns líderes no campo de Jair Bolsonaro (PSL) apreciam a ideia. Mas, na realidade, isso não vai acontecer.
Não há tempo nem disposição para ressuscitar um projeto tão controverso que ficou paralisado no ano passado depois que Temer foi envolvido no escândalo de corrupção que desgastou seu apoio ao Congresso.
“A reforma do Temer é sem chance de aprovar, esquece. Não tem clima nem tempo hábil para isso”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante, vice-líder do DEM que foi reeleito no último domingo. Ele defende uma nova proposta “que não afete os mais pobres” e diz que uma votação seria improvável antes do segundo semestre de 2019.
José Rocha, também reeleito líder do PR na Câmara, disse que uma nova proposta é necessária. Pelo menos três outros influentes parlamentares que preferiram não falar publicamente afirmam que há pouca disposição para qualquer discussão sobre a reforma da Previdência antes da posse do novo Congresso, em fevereiro.
Na terça-feira, o próprio Bolsonaro sinalizou que não estaria disposto a votar o projeto de Temer. Isso significa que uma nova proposta precisaria ser redigida, num provável longo processo de negociação.
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