Credit Suisse reduzirá banco de investimento e se focará em clientes ricos

Por Nicholas Comfort e Jeffrey Vögeli.

O Credit Suisse Group AG diminuirá partes do seu banco de investimento e se focará em crescer na Ásia e na gestão de riqueza, disse seu CEO, Tidjane Thiam.

“Estamos lidando com um banco de investimento que tem um rendimento muito bom mesmo, mas às vezes a regulamentação se desenvolveu de uma forma que não ajuda ou é desfavorável, e a coisa pragmática a se fazer é levar isso em conta”, disse Thiam, que começou como CEO neste mês, aos analistas em uma teleconferência nesta quinta-feira.

Thiam, 52, ex-CEO da seguradora Prudential Plc, disse que o segundo maior banco da Suíça alocará mais capital para a gestão da riqueza e tentará crescer na Ásia e em mercados desenvolvidos como seu país natal. Uma redução de escala do banco de investimento em favor da gestão de dinheiro de clientes ricos imitaria a abordagem do UBS Group AG, o seu rival suíço de maior tamanho.

As ações do Credit Suisse chegaram a saltar 7,8 por cento, o maior ganho intradiário desde o anúncio da nomeação de Thiam em março, e eram negociadas com uma alta de 6,2 por cento, por 28,51 francos suíços, às 17h43, horário de Zurique.

Os órgãos reguladores do mundo estão pedindo aos credores que reservem mais capitais para absorver potenciais perdas e os departamentos de trading com renda fixa dos seus bancos de investimento estão entre os mais afetados. A receita obtida pelo Credit Suisse com o trading de dívidas caiu 13 por cento, para 1,24 bilhão de francos suíços em relação há um ano.

Rumo claro

A unidade de private banking e gestão da riqueza registrou um lucro antes de impostos de um bilhão de francos no período, superando as estimativas dos analistas. O banco de investimento, ao contrário, registrou 625 milhões de francos, uma queda de 18 por cento.

“O rumo da viagem é claro”, disse Thiam. “Eu tenho dito que gosto da forma desses resultados. Observou-se um impulso dado pela gestão de riqueza no private banking”.

Thiam disse que não está claro se o banco terá que aumentar seu patrimônio e acrescentou que o Credit Suisse se concentrará em negócios, tais como a gestão da riqueza, que operem “confortavelmente” acima do seu custo de capital. Ele planeja apresentar sua nova estratégia neste ano.

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