Parceria com governos está comprometida com a melhoria dos dados de saúde para abordar grandes necessidades de saúde pública. Iniciativa tem o potencial de impactar a vida de um bilhão de pessoas
A Bloomberg Philanthropies anunciou hoje parcerias com os primeiros 18 países que receberão assistência técnica crítica e financiamento catalisador para novas ferramentas e sistemas, para ajudar as nações a reunir dados precisos sobre a saúde dos seus cidadãos. Lançada em parceria com o Departamento Australiano de Relações Exteriores e Comércio, pouco mais de um ano atrás, a Data for Health, uma iniciativa de quatro anos avaliada em US$ 100 milhões, tem como objetivo melhorar os dados de saúde em países de baixa e média renda, contemplando o Sudeste Asiático, África Subsaariana e América Latina. Os primeiros 18 países parceiros, abrangendo quase um bilhão de pessoas, nos programa Data for Health, incluem:
1. Bangladesh
2. Brasil
3. China (ênfase em Shanghai)
4. Equador
5. Gana
6. Índia (ênfase em Mumbai)
7. Indonésia
8. Malaui
9. Marrocos
10. Myanmar
11. Papua Nova Guiné
12. Peru
13. Filipinas
14. Ruanda
15. Ilhas Solomon
16. Sri Lanka
17. Tanzânia
18. Zâmbia
“Melhorar a disponibilidade e precisão dos dados de saúde globais é uma das maiores oportunidades que temos para ajudar as pessoas a viver vidas mais longas e mais saudáveis. Quanto mais sabemos sobre as causas de morte e doenças, melhor podemos direcionar recursos e medir o progresso”, disse Michael R. Bloomberg.
Exemplos do Progresso de Países Parceiros no Data for Health:
Muitos países parceiros identificaram lacunas nos sistemas de dados nacionais abrangentes sobre nascimentos e mortes, dificultando para os líderes abordarem os desafios de saúde urgentes. Sem dados precisos, os governos dos países não conseguem tomar decisões informadas sobre as prioridades e os programas de saúde pública, mas este é um problema que pode ser resolvido. Cerca de dois terços de todas as mortes no mundo, cerca de 35 milhões por ano, não são registradas, segundo a Organização Mundial de Saúde. E entre um terço das mortes que têm uma certidão de óbito, cerca de três quartos não têm uma causa específica da morte, o que significa que os líderes de saúde pública muitas vezes não sabem de que doenças pessoas podem estar morrendo prematuramente.
Trabalhando em conjunto com os líderes do governo que estão empenhados em melhorar os seus dados de saúde pública, a Iniciativa Data for Health é notificada sobre as prioridades de cada país e como o programa pode ajudá-los a alcançar seus objetivos. Por exemplo, no seu primeiro ano:
• Brasil: No Brasil, onde os cientistas forneceram a primeira prova direta de que o vírus Zika causa defeitos congênitos, os dados da Data for Health criaram um banco de dados integrado que associa informações sobre nascimento, malformações congênitas, relatórios de laboratório, infestações de mosquito e tratamentos. O governo do Brasil está usando estas análises de dados em sua resposta ao surto, e já disponibilizou os dados para o público, a fim de agilizar soluções para esta ameaça crescente.
• Ilhas Salomon: Nas Ilhas Salomon, uma nação de centenas de ilhas no Pacífico Sul, a parceria Data for Health está trabalhando com o governo para remodelar as certidões de óbito para que os médicos sejam obrigados a dar informações mais específicas e pertinentes em linha com as melhores práticas globais. O registro de certidões de óbito e de nascimento é fundamental, porque sem elas, governos, doadores e organizações não governamentais não podem direcionar com precisão os recursos para prevenir mortes e doenças, e não têm nenhuma maneira de medir se seus esforços estão funcionando.
• Ruanda: Pela primeira vez em sua história, o Ministério da Saúde de Ruanda irá coletar sistematicamente informações sobre as mortes fora do ambiente hospitalar. Este é um passo importante para compreender as principais causas de morte no Ruanda, onde se estima que 95% de todas as mortes ocorram fora dos hospitais.
Táticas para abordar a lacuna: a Iniciativa Data For Health:
A Bloomberg Philanthropies e o governo da Austrália estão trabalhando juntos, em colaboração com especialistas em saúde pública, incluindo a CDC Foundation, Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Vital Strategies, Universidade de Melbourne, Comissão Econômica das Nações Unidas para África, Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e o Pacífico, e a Organização Mundial de Saúde.
Em cada país, a Iniciativa Data for Health é norteada por prioridades do governo, e focada em encontrar formas inovadoras para ajudar os países a melhorar a forma como os dados são coletados e utilizados. Quando uma parceria de país é formada e áreas prioritárias são coletivamente identificadas, dois especialistas financiados pela Data for Health, com experiência na coleta e análise de dados de saúde, são providenciados para o governo para apoiar o trabalho. Além de financiar uma equipe no país, a Data for Health compartilha as melhores práticas globais, conectando a equipe do país com redes globais.
Estratégias de enfoque especial incluem:
• Melhorar as Certidões de óbito para entender melhor a causa da morte – Em países que priorizaram uma melhor documentação das causas de morte, vamos ajudar a melhorar os sistemas de capacitação de equipe médica, resultando em mais dados sobre o porquê e onde as pessoas estão morrendo. Além disso, vamos ajudar a fazer com que certidões de nascimento e óbito de alta qualidade sejam uma prática padrão em mais países. A iniciativa criará manuais de ponta, currículos globais, e vai melhorar o software de registro eletrônico de nascimento e óbitos existente.
• Capacitação para analisar os dados para as decisões de políticas de Saúde – Para melhorar a política de saúde pública, estamos apoiando aperfeiçoamentos de treinamento e tecnologia que facilitam para os legisladores utilizar os dados disponíveis na sua tomada de decisão.
• Uso de celulares para pesquisas nacionais de saúde – Alguns países participantes estão buscando uma melhor compreensão do efeito de doenças não transmissíveis, mas em muitos casos os dados ainda são coletados por meio de pesquisas presenciais, que demandam tempo e recursos, especialmente em regiões remotas. Apresentar a coleta de dados por celulares elimina a necessidade de operações de campo, potencialmente reduzindo o tempo para realizar uma pesquisa, de dois anos para menos de seis meses.
Michael R. Bloomberg continuou: “Ao coordenar esforços globais, trabalhar com países comprometidos, e destacar práticas inovadoras que podem ser replicadas em todo o mundo, a Data for Health pode beneficiar bilhões de pessoas.”
Sobre a Bloomberg Philanthropies:
A Bloomberg Philanthropies trabalha em mais de 120 países no mundo inteiro para garantir vidas melhores e mais longas para o maior número de pessoas. A organização foca em cinco áreas críticas para introduzir uma mudança duradoura: Artes, Educação, Meio Ambiente, Inovação Governamental e Saúde Pública. A Bloomberg Philanthropies engloba todas as atividades beneficentes de Michael R. Bloomberg, incluindo sua fundação e suas doações pessoais. Em 2015, a Bloomberg Philanthropies distribuiu mais de meio bilhão de dólares. Para obter mais informações, acesse bloomberg.org ou siga-nos no Facebook, Instagram, Snapchat, e Twitter @BloombergDotOrg.