Por Ben Bain, Jonathan Levin e Blake Schmidt.
A Jose Cuervo, maior produtora de tequila do mundo, começou a conversar com bancos sobre uma oferta pública inicial no México, segundo pessoas com conhecimento da situação.
A empresa, que é controlada pela bilionária família Beckmann e tem sede na Cidade do México, poderá vender ações ainda neste ano ou no início de 2017, segundo três das pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a discutir o assunto. Uma das pessoas disse que a empresa que está por trás da marca de 250 anos precisa de tempo para cumprir as exigências de governança corporativa e divulgação de dados financeiros requeridas para a abertura de capital.
Embora o CEO Juan Domingo Beckmann sinalize pelo menos desde 2006 que uma abertura de capital vem sendo analisada, mais recentemente, em outubro, ele disse que um IPO poderia acontecer nos próximos 12 meses, mas a empresa até agora não apertou o gatilho. A ideia, agora, está mais avançada, segundo duas pessoas.
A venda de ações poderia totalizar US$ 750 milhões ou mais com base no tamanho da empresa, disseram duas pessoas. A iniciativa ocorreria em um momento em que a família Beckmann inicia um plano para transformar a área nos arredores da cidade de Tequila, no México, em um destino estilo Napa Valley para turistas e aficionados do destilado feito a partir do agave-azul. Cristóbal Mariscal, diretor jurídico da Jose Cuervo, preferiu não comentar sobre uma possível abertura de capital.
A receita da Jose Cuervo aumentou 41 por cento nos três primeiros meses de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior, para 10,25 bilhões de pesos (US$ 575 milhões), segundo os dados mais recentes da destilaria. Uma empresa da Cuervo que posteriormente se tornou parte da Becle SA vendeu US$ 500 milhões em bonds de 10 anos no ano passado para financiar a aquisição da marca de uísque Bushmills do conglomerado de bebidas Diageo, com sede em Londres.
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