Economistas da Bloomberg projetam perspectiva latino-americana 2017

A incerteza sobre as políticas do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, trouxe empecilhos adicionais ao crescimento na América Latina e está causando uma maior volatilidade nos mercados monetários, disseram hoje os Economistas da Bloomberg Intelligence para a região. Empresas de consumo também estão preocupadas com o aumento das tarifas, disse a analista do setor de Consumidor da Bloomberg.

“O crescimento econômico tem reduzido e a inflação atingido seu auge na maior parte da região e muitos bancos centrais Latam estão agora buscando facilitar a política monetária para dar suporte ao crescimento. Ainda há espaço para cortar as taxas de juros”, disse Felipe Hernandez, Economista para países de língua espanhola da região. “As moedas provavelmente permanecerão como absorventes de choque e continuarão sendo negociadas com alta volatilidade em meio à alta incerteza sobre a economia global e mercados de capitais internacionais”.

“No México, que tem a maior exposição à incerteza e a possíveis alterações de política nos EUA, as coisas estão indo na direção oposta”, disse Hernandez. Sua previsão de inflação é de 4,4% no final do ano com um crescimento do produto interno bruto (PIB) de apenas 1,2%.

Cortes de taxas são esperados em economias como o Chile, que terá eleições presidenciais e legislativas em novembro. Enquanto isso, na Colômbia, a inflação mais baixa poderia ser limitada pelo impacto da reforma fiscal e um aumento do salário mínimo, disse Hernandez. A economia do Peru será a melhor representante na região devido à contínua expansão no setor de mineração e a um sentimento positivo para os negócios.

No Brasil, os funcionários do governo enfrentam o fato de que quase 90% de suas despesas são obrigatórias, tais como o pagamento de benefícios previdenciários, disse Marco Maciel, Economista Chefe da Bloomberg Intelligence para a América Latina. O governo tentará consertar a bagunça implementando a reforma previdenciária e limitando as despesas de 2017 para 19,9% do PIB, de 20,4% no ano passado.

“Pode haver um novo governo, mas enfrentam os mesmos e antigos desafios fiscais como um nível recorde de déficits permanentes”, disse Maciel. “O imbróglio fiscal é que o crescimento das receitas fiscais depende de receitas extras, tais como um imposto sobre as transações financeiras e o repatriamento de capital”. Maciel concluiu: “Déficits fiscais primários na verdade reduzem a capacidade do banco central para reduzir as taxas, atrasam a recuperação do PIB e contribuem com 0,5 pontos percentuais à inflação anual no Brasil”.

Enquanto isso, as empresas de consumo no Brasil e Argentina podem estar olhando para melhores condições globais com alguma repercussão econômica e aquisições potenciais para o crescimento, mas o México enfrenta riscos dos EUA, disse Julie Chariell, Analista Sênior da Bloomberg Intelligence para o setor de Consumo na América Latina.

As três maiores fontes de risco para empresas de consumo na região são:

  • Fraqueza em moedas, como o peso mexicano, pode adicionar custos significativos
  • Trump pode tributar as remessas do México para pagar a construção de um muro na fronteira dos EUA
  • Tarifas de até 35% podem ser impostas e o acordo de Livre Comércio da América do Norte pode cessar.
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Para obter mais informações sobre a Bloomberg Intelligence, departamento de pesquisa da Bloomberg, por favor, acesse: https://www.bloomberg.com.br/bloomberg-intelligence/

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