Por Chiara Albanese e Dina Khrennikova.
A Enel busca aquisições no negócio de armazenamento de energia, considerando que os avanços da tecnologia das baterias deverão desempenhar um papel fundamental na adoção mais ampla de fontes renováveis.
A maior distribuidora de eletricidade da Europa em capitalização de mercado vê os EUA, a Europa e a América Latina como mercados com maior potencial, disse o CEO Francesco Starace, em entrevista.
“As tecnologias estão se aproximando rapidamente do ponto no qual as baterias serão comercialmente atrativas”, disse Starace, em 17 de outubro, nos bastidores do fórum Open Innovations, em Moscou. “Em algumas partes do mundo já são convenientes.”
As fontes de energia verde são vistas cada vez mais como alternativas à eletricidade tradicional, mas o desafio para as empresas distribuidoras é desenvolver uma capacidade de armazenamento suficiente para minimizar a “intermitência” e os problemas de armazenamento associados aos painéis solares e aos parques eólicos. A capacidade de armazenamento global precisará triplicar para 15,7 terawatts-hora até 2030, contra cerca de 4,7 terawatts-hora neste ano, segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis.
A Enel, que tem sede em Roma e fez uma série de aquisições no setor neste ano, deverá fechar um novo negócio neste mês no ramo de gerenciamento de energia, segundo uma pessoa próxima à empresa que pediu anonimato porque as discussões são privadas.
A Enel já anunciou uma série de acordos neste ano, incluindo a aquisição da provedora de softwares EnerNOC em agosto e do projeto independente de sistema de armazenamento de energia com baterias de Tynemouth em Newcastle, no Reino Unido, em maio.
Diversos investidores da empresa afirmaram que aprovam a abordagem, citando um maior potencial de crescimento.
“Estamos ’otimistas’ a respeito dos nomes posicionados junto a redes, clientes e fontes renováveis, que acreditamos possuem valor estratégico em qualquer reorganização do panorama corporativo impulsionado por fusões e aquisições”, disse Camilio Azzouz, analista de investimentos da Amber Capital UK em Londres, em entrevista. “Vemos as Américas como um motor de crescimento fundamental e contínuo para o setor — uma região onde esperamos mais atividades corporativas impulsionadas pelas empresas de eletricidade europeias.”
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